AUTOFLAGELAÇÃO NAS DROGAS
Quando a queda do espírito é anunciada
E os sonhos se vão
Abre-se a porta da exclusão
A realidade passa a ser um fantasma
A vida passa a ser um teorema desordenado
E a mente inicia a habitar o invisível
Os papeis começam a se inverterem
Acabou-se o cidadão
E a alma sufocada pede perdão
Como um pássaro
Que ao olhar-se no espelho não vê as asas
A pureza é expulsa do coração
E o cérebro se ajusta somente a ficção
Passa a não mais ver as cores da imaginação
Chegou a auto flagelação
Nada mais o ilumina
A sombra não mais representa a figura
Deixa de ser gente
Passa a ser apenas miserável criatura
(Orides Siqueira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário