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quinta-feira, 29 de maio de 2014

ACORDAR PARA A LIBERDADE

Ensinaram-nos
Que 
Se visse um escravo dormindo
Não o acordasse
Pois ele podia estar sonhando
Com a liberdade

Mas
Eu digo
Se um dia vires
Alguém escravo dormindo
Acorda-o
E mostra-lhe a liberdade

(Orides Siqueira)
LIVRES........

Uma viagem
Um desejo
Um caminho
Uma forma de ver...
Pensar e sentir

Um amor
Sem amarras
Nem liberdade excessiva
Pois..........
Nada deve nos apertar
Para que nada venha a nos separar

(Orides Siqueira)
CRIANÇA DE RUA
A sombra
De um corpo que não existe
O eco de um grito mudo 
Em uma garganta sem força
Forjada em uma silhueta de sombras

Vagueando no espaço
Fingindo existir
Insistem em chamar-lhe
Criança
E ela insiste
Em ser a esperança do incerto

(Orides Siqueira)
VIDA 

Todos os dias
Novos amores nascem
E velhos amores morrem

Por isso
Apaixonei-me
Pela vida
Porque sei
Que ela é a única
Que não vai me deixar
Sem antes eu a deixá-la

(Orides Siqueira)
CARTA A SOCIEDADE

Estou no auge 
Do meu desenvolvimento
E afirmo
Que nem eu nem tu
Sabemos do que serei capaz no futuro
Há definir-me só por minha síndrome
Corres o risco de ter expectativas demasiadas
Com respeito ao meu potencial
Ou muito pequena para minha vontade
Sei que não acreditas que poderei lograr êxito
Mas minha resposta natural será...........
TENTAREI
E preciso que acredites em mim

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

CAFEINA PARA DOIS

Contigo
Não quero viagens
Nem Paris, nem Rio de Janeiro
Quero
Pegar-te da mão e viajar
No imaginável

Amanhecer
Com muito prazer
Café de madrugada
E sexo a fazer
   

         (Orides Siqueira)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

SOFRI E CHOREI

Já gritei, pulei 
Vivi 
Amei
E me quebrei 

Já chorei
Liguei
E me apaixonei
Pensei que fosse morrer
Tive medo de perder
(e acabei perdendo)

Mas vivi
Sobrevivi
E ainda vivo!

Sou figura
Nunca figurante

Porque
É quem mais ama
Que ama mais


(Orides Siqueira)

domingo, 18 de maio de 2014

"EU BABANDO COM MEU NOVO LIVRO"

OVERDOSE DE TERNURA
Orides Siqueira

Neste livro intitulado OVERDOSE DE TERNURA, com meus poemas tento compor acordes como de uma musica que foge dos rituais convencionais, quebra a rotina do déjà vu, e experimenta novas linguagens: uma lira que delira.
Sem inscrever-se na categoria dos starters of crazies – mercadores de maluquices –tento renovar as estruturas do verso discursivo, sem submeter-se às normas (e aos cacoetes) da poesia modernosa. Ao trabalhar a forma para melhor adaptar seu pensamento e sua emoção a uma linguagem sintética, veloz e funcional, a obra coloca-se sob o caminho da ruptura. Rompe com os esquemas formais rotineiros; com as subjetividades suspirosas e lacrimogêneas do romantismo demode; com o verso anacrônico, que algumas poetas ainda utilizam para chorar as suas mágoas e dores-de-cotovelo.
Não escrevo poesia de gênero: feminina ou masculina. É uma poesia vigorosa que demonstra a coragem dos que querem ultrapassar os limites da mesmice, as fronteiras do nhenhenhém da poesia convencional. OVERDOSE DE TERNURA foi escrito sem regras impostas pelos que defendem o convencional.
Uma poesia vertical, que vai fundo, que não fica boiando, sem entender o mundo e as pessoas. Assim, não são raras as palavras grafadas mimeticamente, como árvores solitárias e verticais; palavras que se destacam no poema ao produzir a impressão de uma retórica enfática, que duplica a força da palavra dentro da sintática do poema.
Orides Siqueira

Produção independente
CONTATOS 53 84 44 06 82
 (
O CONFORTO DA NUDEZ

Com o tempo a pele endurece
E as lagrimas desaparecem

Por isso
Vou
Andando com cuidado
E vestindo
Aquilo que me faz sentir nu
Porque quem habita meus olhos
É sempre quem esta do outro lado

(Orides Siqueira)
LUTAS

Sem dardos 
Nem espadas
Suave e descalça
Sem fazer ruído
Deslizas
Pelo saguão da vida

Destilando aromas
De rosa e jasmim
Flutuas
Fechando a porta
Da conexão
Com o passado
E conectando-se
Com o hoje

(Orides Siqueira)
TROPEÇAR 

Um tropeço
Pode ajudar a avançar
Só tens 
Que ter
Habilidade para não cair
E
Se cair
Força
Para levantar

(Orides Siqueira)

domingo, 11 de maio de 2014

MORALISTA 

Moralista
Quando decidas
Apartar-me do desejo
Avisa-me

Quero me preparar
Para uma noite sem restrições
Vou esperar nu
E com um lenço na mão
Para secar as lagrimas
Dos desejos incontidos

(Orides Siqueira)

sábado, 10 de maio de 2014

CIDADE DAS LETRAS

Perambulando 
Pela cidade das palavras

Parei com um “OLA” sem resposta
Um “ADEUS” sem um “FICA”
E um “PERDÃO” que atirei fora
Sem dar-me conta

Vendo tanto “AI”
Tirei do bolso um “TUDO BEM”
E presenteei com um “OI”
E quis um “VEM”para aquele “NÃO VAI”
No bolso um papel manchado de batom
Entre ao lábios dizia “UM ABRAÇO”

Junto aquele “TE QUERO”
E entreguei mais a frente
Junto com o “MUITO”

(Orides Siqueira)
A LUA E O UMBIGO
Talvez nos aprisionem
Por rir da policia
Por exigir direitos de sonhar
Por sacudir e levantar
E espremer mentiras

Querem
Transformaram-nos
Em alegoria

Com um desejo
A luz de vela
Que derretem sonhos
E apagam opções


(Orides Siqueira)
PERGUNTEI AO TEMPO

Perguntei
Ao tempo
O remédio para dor
Ele parou
Pensou
E falou

Deixe-me passar

(Orides Siqueira)
O TEMPO E O VENTO

O vento
Com uma pedra
Anemófila minha alma
E eu emprenho o tempo

O passado é uma pedra
A beira mar
O futuro será
Como o vento o moldará

A pedra é a arte
Do vento
Feita pelo tempo
É a caricia do vento enamorado
Forjando o corpo com as mãos do tempo

(Orides Siqueira)
LUZ DO TEU OLHAR

Quando me entregas 
A luz do teu olhar
E desnudas-me
E com os olhos
De forma delicada
Sinto-me fera domada

Fragilizas
Minhas escusas
E sinto-me lisonjeada

Ficando a deriva

Sinto
Que a fragilidade
Envolve tua alma
Enquanto a minha se dissolve

(Geórgia Siqueira)
MARX SE ENGANOU

Uma mulher 
Não é só uma mulher
Querido Filosofo 

É também
E acima de tudo
Os homens
Que ela teve
Que tem
E que poderá ter

Nada se explica sem eles

(Orides Siqueira)
AMOR PERSONIFICADO

A emoção vagueia entre o silencio
Uma paz 
Sobrevoa o pensamento
Uma lagrima navega
A bordo d”alma

Uma viajem
Olhar que mais parece uma paisagem

Na mão uma placa com um dizer gravado

Favor não perturbar
Sou mulher
O amor personificado

(Geórgia Siqueira)

domingo, 4 de maio de 2014

VELHO

Hoje caminha só
Com pensamentos cinza
Carregando as marcas do passado
Silencioso e compassado
Já não escuta sequer as ausências

Apega-se nas desesperanças
Descompassadas do coração
E em um corpo em ruínas
Que se resume
A passos em silencio

É fruto do ocaso
Acorrentado na subestima

(Orides Siqueira)
O PORQUE DOS “PORQUES”

Às vezes
Preocupamo-nos em saber
A lógica dos “PORQUES”
E em certos casos
Damos excessiva importância
Aos “PORQUES”
Quando o importante
E o que devíamos saber
É o que nos levou aos “PORQUES”

Existem palavras
Que chegam aos ouvidos
E outras que entram
Para conversar com a alma

(Orides Siqueira)
POEMAS

Os poemas 
Iniciam sem saber
O que vamos dizer
E terminam sem se saber
O que acabamos de escrever

Como
Aquela criança
Que é culpada de não ter culpa
Ou aquela coisa que lhe culpam
Por ninguém ser culpado

(Orides Siqueira)
MASTURBADORES DA MENTE

Jamais fecho-me
Em cadeias corporativas de imbecilidades

Tem gente
Que
Masturba a mente
Para ver se a idéia vai ejacular

Temos que aceitar
Que as amizades terminam
Que o silencio é refugio dos ganhadores
E que existe e sempre existirá inversão de valores

(Orides Siqueira)
DESCULPEM-ME

Desculpe
Por ser humano
Sem ser humanóide
Peço desculpa por não ser machista
E por ser macho e odiar racista

Peço desculpa por não ver realitys
E ser realista
Desculpem-me
Por respeitar as diferenças
Sem ser diferente

Peço desculpas por não colocar
Código de barra na minha personalidade
E desculpem-me se firo os insensíveis
Com minha sensibilidade

(Orides Siqueira)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

NÃO SIGA-ME

Deixe-me caminhar só
Nem que as pedras do caminho
Marquem meu pés

Quero andar descalço
Para criar bolhas de duvidas
Sem o auxilio de bengalas imaginarias
Nem apoios fictícios


(Orides Siqueira)
TU MULHER

Tu
A que vai 
E te escondes
Entre muitos rostos

É quem
Aborrece-se
Em momentos
De nostalgia
Por que
Neste mundo de imbecis
É mais importante
Abrir as pernas
Que abrir a boca

E a duvida
Esta presente
Nas ausências

(Orides Siqueira)
CARTA À VIDA

Do meu viver 
Eu te agradeço vida
Por nunca ter-me dado esperança falida
Nem trabalho injusto
Ou pena que não fosse merecida

Porque em todo meu caminho
Vi fome e gente sem teto
E tu vida, me permitistes
Que eu fosse meu próprio arquiteto

(Orides Siqueira)
DISCUTIVEL MAS INSUBSTITUÍVEL 

Os psicólogos
Dizem que o amor
É em si uma definição
Eu acredito que não
Porque definir
É limitar
E o amor não tem limites

O amor é como a fé
Pode
Até ser discutível
Mas sempre será insubstituível

(Orides Siqueira)
A REALIDADE ENVELHECE-ME

Não 
Não tenho medo de temporais

Sim
Tenho medo
Da realidade
E da razão

A realidade envelhece-me
Muda minha aparência
Deixa-me imprestável

E a razão
Impõe regras
E acaba
Com as possibilidades
Ambas não são nada razoáveis

(Orides Siqueira)
PARADIGMAS

Aqui 
Estamos
Por entre Deuses 
E diabos
Querendo voar nas asas
Da pomba da paz

Para poder bater em revoada
Carregando mentiras e verdades
Entre silêncios e gritos

Mesclando essências
Entre sons que fundem o respeito
E vozes que envolvem misérias

(Orides Siqueira)