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quinta-feira, 30 de maio de 2013

VENTRE DA TERRA

Em ocasiões
Penso ser um feto no ventre na terra
Engatinhando
E tentando equilibrar-me
 
Para acabar
Encontrando um trono
No reino do nada
Que mais parece um beco
Um fim de estrada
Enquanto lavo minhas feridas
Com liquido amniótico
E uma banheira fria e desalmada
Lamentavelmente
Sei
Que cheguei com a rota já traçada
Incenso, velas e sais
Tentam lograr-me,
E entre ilusões
 E ficções
Dissimular-me

       (Orides Siqueira)

domingo, 26 de maio de 2013

NÃO SIGA-ME

Deixe-me caminhar só
Nem que as pedras do caminho
Marquem meu pés

Quero andar descalço
Para criar bolhas de duvidas
Sem o auxilio de bengalas imaginarias
Nem apoios fictícios

Quero rasgar as linhas do medo
E arrastar projetos escuros
Sem ouvir gritos de guerra
Quero andar descalço
Para entranhar-me nos sulcos da terra
  
       (Orides Siqueira)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

      QUERO IR PRO SEIVAL

Eu queria ir morar Na minha terra
Porque pra lá ninguém vai
E de lá ninguém vem
Lá não tem ônibus
Também não passa trem
 
A estrada é só pó
Não existe fechadura
E nos cadeados
A chave é sempre um nó
Supermercado não existe
E venda tem uma só
 
A tranqüilidade
É tão grande que ninguém atura
Não existe policia
Muito menos prefeitura
    
Lá tem
Um processo seguro
Para impedir ladrão
Nada no bolso
Nem na mão
Só algumas moedas
Pra tomar canha
E comprar pão
   
     (Orides Siqueira)

quarta-feira, 22 de maio de 2013


 A LUXURIA DO AMOR

Amar é uma insólita luxuria
Uma gula voraz
E audaz
É navegar a deriva
Delírio e carinho
É a essência é o caminho
 
Amar é galopar nu ao vento
Entre desejos e ânsias
Dois corpos em explosão
É devaneio
Emoção
E o côncavo consexo
O inicio do nexo
Um flesh do reflexo
   
     (Orides Siqueira)

sábado, 18 de maio de 2013

UM PERFEITO IMPERFEITO

Sou este ser imperfeito
Naturalmente equivocado
Um mutante lunático
Louco casmurro e pouco pratico
 
Um nostálgico com ternura
Um concerto de ambigüidades
Mistura de mau humor com vaidades
 
Um ser físico e imaginário
Navegando num mar de mistérios
Um louco que em noite enluarada
Uiva velhas baladas
 
Caminhando entre sonhos perdido
Por entre flores nuas
Desconcertado
Louco e apaixonado
  
     (Orides Siqueira

quinta-feira, 9 de maio de 2013


  CORAÇÃO  CARENTE

As vezes nos conter não é o suficiente
Porque mesmo contido seguimos carente
 
As vezes falar não é o suficiente
E só uma simples descarga de palavras
Que deixam surdos ouvidos carentes
 
As vezes chorar não é o suficiente
É somente desvelo isolado
De quem chora desolado
Sem brilho,sem paz e desconsolado
 
As vezes  gritar não é o suficiente
Porque essa voz que verte de maneira grotesca
Devia permanecer calada
Para evitar ser mal interpretada
 
As vezes escrever não é o suficiente
É apenas um derramamento de versos
Para deixar a alma em sossego por uns momentos
Deixando o coração ao relento
   
         (Orides Siqueira)

segunda-feira, 6 de maio de 2013


FRATERNO

Viver livre
É perder a formula do formulário
Cantar e andar atoa
Viver por viver sempre de boa
 
Ficar com as funções menos exatas
Viver e conviver
Porque a carne é fraca
Esquecer que andamos no fio da faca
Um dia o declínio o outro o ouro
Se já foi a boiada não importa o couro
 
Manter o coração
Aquecido e agitado
Sem se preocupar com certo ou  errado
Viver  na plenitude
Manter o fantasma de nós mesmo
Longe e congelado
   
Que o universo influa em nosso favor
Voar
Sem precisar ter asas
Mesmo sabendo
Que nada é eterno
Ser grato e  fraterno
 
            (Orides Siqueira)

domingo, 5 de maio de 2013


ACARICIANDO SILENCIOS

Decidi
Acariciar acertos
Para corrigir os erros
Porque é no manto do silencio
Que evitamos nos perder no labirinto das palavras
 
É  na luz do olhar
Que encontramos o caminho
Para continuar tentando
Imagine-se em um oceano de sentimentos
E navegue nos sonhos
 
Grite em silencio
Para poder sorrir em segredo
         
             (Orides Siqueira)

sexta-feira, 3 de maio de 2013


COMBUSTIVEL DAS CARÊNCIAS

O amor não é só emoção
Nem só ação
Não e sacrifício sem direção
Nem puro conhecimento
O amor é a mais pura compreensão
 
Tempo, espaço e amor
São conceitos
Gramaticamente separados
Mas são unidos pela luz da percepção
Estas três coisas se unem a emoção
Para mostrar o poder do amor em manifestação
 
 
       (Orides Siqueira)