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sábado, 31 de agosto de 2013


  O PROFANO DO IMACULADO

É imaculado
O verso escrito com a alma
Sentimento perpetuo da caricia
   
É um poeta
Se dobrando
A beleza
E Colorindo o pranto

Para gritar em silencio
Deus salve o amor
 
    (Orides Siqueira)
CONVICTO

Podem proibir meu nome
Mas nunca
Vão  mudar minhas convicções
 
Podem
Jogar meus versos
No labirinto do ostracismo
 
Mas vou seguir descolorindo paredes das esquinas
Com meus mal educados pés
Para não perder o equilíbrio dos versos
  
      (Orides Siqueira)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ANDARILHO

Aqui de pé
Como um obelisco humano
Olhando nos olhos
Enamorado do existir
Sou este humanóide a persistir
 
Umedecido pelo suor
Custodiado pelos espinhos
Vivo  a cutucar a flor

Por entre montanhas de orgulho
Ando solitário carregado de sonhos
Um clandestino carente
Naufrago de corpo e mente
  

       (Orides Siqueira)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CAÇADOR DE POEMAS

As vezes um poema
Provoca
Como um cantar avassalador
De um pássaro
 
Entra na mente
E posiciona-se
Na ante-sala dos sonhos
 
Estigando os instintos do caçador
Que com sua rede invisÍvel
Sente sua vibração
 
Abrindo o seu coração
Que as vezes se faz poema
E outras se faz canção
  
      (Orides Siqueira)

ANTIPATICO É  PRÁTICO

O silencio
Deu-me uma resposta equivocada
Então decidi me alegrar
Dispensar tudo
E botar os problemas na maquina de lavar

Desci na parada errada
Esqueci todas as coordenadas
Perguntei as nuvens quando chove
E a terra mostrou-se interessada
 
Decidi cuidar das palavras
Para que sejam alimentos desejáveis
Fiz jogo de cintura
Fui mais maleável
 
Pirei
Ser alegre é insuportável
Amarrei a cara
E segui sendo este ser  antipático
Nada razoável
Mas muito mais prático
 
     (Orides Siqueira)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

HOMEM

Homem
É aquele que expele
Ternura no olhar
Sabe querer e amar
É bom marido
Bom amigo
E pai exemplar
 
Ser homem é não fazer nem lutar em guerras
Ser homem é lutar pela vida
E espalhar paz na terra
Ser homem não é problema
Muito menos medida
Ser homem
É ser um semeador
A semear a vida
 
 
    Orides Siqueira)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


   A ALMA CHOROU

Silencio
Que a alma chora
Perdida no amanhecer

Hoje á vi despenteada
Que alucinadamente chorava
Porque em seu leito conjugal
A noite cobriu de espinhos 
Aquela rosa branca
Que sem o orvalho se suicido
 
É a alma chorando
Recolheu-se
Entre os sonhos e os anseios
E neste reino de sonhos onde habita o amor
Suas lagrimas viraram a mais bela flor
Uma rosa vermelha a transbordar sua cor
  
          (Orides Siqueira)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EM NOME DO PAI

Este gigante que chamamos de Pai
Comparado a uma grande arvore
Aos filhos produz sombra
Cria raízes
 
Espalha frutos
Destila e propaga essência
Abriga seus filhos
Os ensina
E introduz sua aparência
 
Sua essência é seiva interna
Sábia, sensata e fraterna
 
O Mundo querido pai
Absorve a seiva do teu fruto
Tão querido tão paterno
Este nosso herói eterno

Vira vovô este colosso
Adubando suas sementes bem nascidas
A quem eternamente dedica a vida
Jamais deixando um filho ao léu
Seguindo o exemplo do grande pai do céu
 
       (Orides Siqueira)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

AUTORETRATO


Rabiscador
De  folhas em branco
Louco aspirante e renitente
Candidato a loucura permanente.

Fotógrafo dos sonhos 
Fazendo laboratorio da memória
Metido a em versos contar história.

Rato de computador
Funcionário  complicador
Um ermitão
Louco, solitario e resmungão

Vagabundo
Imaginativo e desocupado
Poeta incurável
Rabugento e  insuportavel

 
      (Orides Siqueira)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


Homem

Como um pássaro sonhador
Elevas teu canto
Plantas o amor
 
Centauro silencioso
Olhar infinito
Um eco  do próprio  grito
 
Zelador do universo
Montado em seu cavalo de prata
Diz não a violência
E é fiel guardião da existência 

Nutrindo o mundo de  paz e amor
Jardineiro da mais bela flor
 
      (Orides Siqueira)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

COLONO

Com o suor no rosto
Vive a cegar tempestade
Maltratado pelo sol
Que se faz floral
Por entre as rugas da idade
 
Limpando a fronte suada
E recortando com a inchada
O desrespeito da sociedade
Clareando o caminho
Com olhos de fogo
E mãos calejadas
 
Caminhando com passos firmes
Em busca de nova luz
No peito o crucifixo e a garra
Com sol na cabeça
E vento na cara
 
Ali vai ele
Pulando  escombro
Com trabalho na cabeça
E a inchada no ombro
  
      (Orides Siqueira)