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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


ÓRFÃOS DA VERDADE

Convencido
Da insolência humana
Debato-me até a exaustão
E deste habitat tenho compaixão
 
E na escuridão
Escondo minha vergonha
Deixando entre gavetas e clips
Onipotente e em  inevitável aflição
Vejo ploriferar o mundo dos chips
 
Horrorizado e órfão da verdade
Sou grão de areia nesta hipócrita sociedade
Onde qualquer surto de esperança logo é emancipado
Em ecstasy precipitado

Nesta procura incessante
Por presságios, profecias,palavras e ações emocionais
Somos conduzidos  ao vazio
Encaixotado e execrado pela falsa realidade
Nos alimentado de mentiras e ficamos  órfãos da verdade
  
          (Orides Siqueira)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013



ESCALADA  SOCIAL

Escutei
As sentenças da vida 
Com olhos fechados
E punhos cerrados
Para
Melhor entender
O rumo a seguir
Muitas vezes
Calei-me
Para não deixar sair
O leão que em mim teimava em rugir
 
Com tudo cresci
Nunca temi
Lutei
Vivi
E sou livre
 
     (Orides Siqueira)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

CARTA À VIDA

Do meu viver
Eu te agradeço vida
Por nunca ter-me dado esperança falida
Nem trabalho injusto
Nem pena que não fosse merecida
 
Porque em todo meu caminho
Vi fome e gente sem teto
E tu vida, me permitiste
Que eu fosse meu próprio arquiteto
 
Se extraí mel
É porque nunca plantei fel
Quando plantei rosas, sempre colhi rosas
 
Se durante noites escuras chorei minhas penas
Não me acariciastes nem ficastes com pena
Me destes um futuro de noites serenas
 
Fui amado
E amei porque sei que é assim que se faz
Por isso minha querida vida juntos vivemos em paz
     
                                          (Orides Siqueira)
FERIDAS DO CORAÇÃO

Sabemos
Como dói  lavar feridas
Mas
Quem não necessitou
Essa limpeza uma vez na vida
 
É um salto difícil de dar
Um gatilho ruim de apertar
Como  explicar
Que as luzes acabaram de se apagar
Se a alma se contrai
E aperta o coração
E a ilusão, da volta
Morre asfixiada  pela frustração
 
Por seguirmos formulas indefinidas
Acabamos por sofrer
 E lavar feridas
 
      (Orides Siqueira)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

  O ASTRO E A ROSA

O vermelho pálido
Das rosas mortas
Castigadas por serem belas
Denunciada
Por algum astro
Aos Deuses dispersivos
Seria este um bom motivo
Que culpa havia de ter
Em ser
Bonitas de  se ver
 
Quem diria
Que um astro à invejaria
Rosa
Rainha flor
Lindas e vermelhas
Símbolo do amor
Em sinuosos movimentos
Movidas pelo vento
E uma perfeita harmonia
Quem diria,quem diria, quem diria
 
     (Orides Siqueira)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PINÓCHIO É UM EXEMPLO

Pinóquio
É um dos contos que mais gosto de ouvir
É um aprendizado
Que nos  ensina
A não mentir
 
A aceitar conselhos da consciência
Seguir exemplos de lealdade
Pregar afeto
Sinceridade
 
A  brincar com a fantasia
Colorir os dias
Sem esquecer a realidade
E nunca ignorar as responsabilidades
 
         (Orides Siqueira)

domingo, 17 de fevereiro de 2013


             AMO
Amo o que vejo e o que ocultas
Tuas perguntas e tuas respostas
Te  amo simplesmente
Com nexo e sem nexo
Amo tua sombra, teu reflexo
 
Amo o que és e o que podes ser
Te amo por amar
Sem contrapartida
Te amo nesta e em outras vidas
Amo-te o corpo e a alma
Te  amo por orgulho de querer-te
Amo  me orgulhar em ter-te
 
     (Orides Siqueira)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

POEMAS PARIDOS D”ALMA

Poemas
São moradas dos sentimentos
D”alma que os pariu
E os poetas os procriaram e criaram
 
A alma os pari
Cobertos em silêncios
E fica a espera de sua lapidação
Que será feita pelo ourives coração
 
Até que a mão amiga
O libere
Do triste letargo
Produzido pelo esquecimento
E inclua o sentimento para  voar na flor
Ou sucumbir num lamento de amor
 
Poemas criam vida
Batem, rebatem, aspiram e transpiram
E por mais mãos que o repassem
Irão voltar a alma que os pariu
 
      (Orides Siqueira)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

BALSAMO

O céu se desnuda ante teus olhos
E o sol se abriga em sua pele
Para que o vento seque suas lagrimas
E nos seus lábios brote um sorriso
E eu em meu silencio
Escuto teu canto a retumbar
 
A brisa virou balsamo
O tempo se fez um nada
Diluindo-se no ar
E  eu coberto em murmúrios
Entrego-me a ti
Com a melodia da respiração
Entre batidas deste malfadado  coração
 
        (Orides Siqueira)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A BELA É A FERA

Cansei de presenciar
A eterna luta entre a bela e a fera
Entre debilitadas
Vontades
Expondo nada mais que fragilidades
 
E entre paralisias e raivas
Neste ridículo e pequeno circo de ansiedades
Brindamos com taças quebradas
Cantamos
O grito do nada
Em conversas com paredes
 

Onde se propaga o individualismo
Não mais nos necessitamos
Somos apenas raivosos ermitões urbanos
 
      (Orides Siqueira)

domingo, 10 de fevereiro de 2013


            
         MEU ANJO

Um dia acariciando a plenitude do meu céu
Encontrei um anjo
Estirei minha mão e encontrei a sua
Em um roçar de dedos
E ficamos horas a nos fitar sem medo
 
Meu anjo não é alado
Não as precisa
Nem dardo
Meu anjo é meu amor
Que esta sempre ao meu lado
 
Só meu anjo
Sabe o que devo fazer
Como os anjos nada pedem
São entregadores de desejos
E são pagos com um
Eu te amo
 E em troca nos enchem de  beijos
  
        (Orides Siqueira)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

HOMENAGEM
AS MULHERES COM CANCER DE MAMA

Com a cabeça raspada
E o peito mudado
Sensibilidade a flor da pele
E a esperança nos olhos
A tudo bendiz e nada repele
 
Mais mulher do que nunca
Uma guerreira
Imutável
Uma pessoa de alma saudável
 
O corpo mudou
Mas o desejo ficou
 
Nada muda a sua alma
Sorridente, pensativa e calma
Com mais vontade de viver
Porque sabe
Que as adversidades é  que nos fazem crescer
   
        (Orides Siqueira)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O STRESS DA SINCERIDADE

A sinceridade
E uma arvore com stress
De tanto dar fruto
Um acumulado de verdades
Que a mente e alma disputam

Romântica mas cansada

... Uma viajante
Que só desce na ultima parada
Deserta
Desejada
Cheia de cansaço e estressada
Porque as mentiras
A banalizaram
E a reduziram a um nada

(Orides Siqueira)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

  PULGAS DE MATIZES

Quando criança
Sempre somos náufragos
De alguma coisa
 
Nas ruas sofremos
Com a fome
Frio
Policiais
Drogados e marginais
 
Na adolescência
Temos problemas circunstanciais
E existenciais
 
Quando adultos
Temos de ter bandeira e lado
Absurdo e deixar que o passado nos mova
Morre o fracassado
Que espera  a vida passar sentado
Com chibatadas da esperança
Morrem e são castigados
 
Morrem por serem covardes
E esperarem a ressurreição para transar com virgens
Morrem  porque não vivem e  são pulgas em mil matizes
 
        (Orides Siqueira)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

MASTURBADORES  DA MENTE

Jamais  fecho-me
Em cadeias corporativas de imbecilidades

Tem gente
Que
Masturba a mente
Para ver se a idéia vai ejacular
 
Temos que aceitar
Que as amizades terminam
Que o silencio é refugio dos ganhadores
 E que existe e sempre existirá inversão de valores
      
          (Orides Siqueira)