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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A MORTE DA INOCÊNCIA

Aquela inocência
 
Que se perdeu ao longo
De tantas mentiras
Saiu das barricadas
Para se defender 
Atrás da ignorância

E morreu lentamente
Abraçada na realidade
Sem saber
Que não podia defender-se
Sem a verdade

(Orides Siqueira)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

GENTE BOA

Quero encontrar “GENTE BOA”
Dessas que possa conversar
Coisas sem sentido
Sem conflito
Sem julgar nem explicar
 
Tenho vontade
De cruzar com “GENTE BOA”
Dessas que não perguntam o que tens
Para onde vais, nem de onde vens
 
Quero conversar com “GENTE BOA”
Que possa dividir uma piada
E morrermos de dar risada
 
Quero abraçar “GENTE BOA”
Com princípios valores e sonhos
Que nunca te traia, ignore ou prejudique
Que te abrace e paparique

“GENTE BOA” 
Dessas que tem muitas por ai
Que quando passares elas gritem 
Oiiiiiii “GENTE BOA” estou aqui
    

           (Orides Siqueira)

CALMA DEVAGAR

Não te apresses
Viva lentamente
Saboreia o instante
Usufrui  o ar
 
Vive
Como vive uma rosa
Firme flexível  e bela
 
Se correres
Podes alcançar o tempo
Sem alcançar as metas
Sem  desfrutar da viajem
E sem viver o momento
  

    (Orides Siqueira)

sábado, 25 de janeiro de 2014

   CHEGADA TRIUNFAL

Às vezes
Chega devagar
Como uma surpresa suspeita
Instala-se
E ocupa-me
 
Outras
Troca
Chega de repente
Toma de refém minha lua
E ofusca meu sol

E sem perguntar
Tira a roupa
E fico a embrenhar-me
Sem nada falar
 
Mas
Sempre
De uma ou outra forma
Deixas marcas
Perfumes
E saudades
  

    (Orides Siqueira)
  AUTISTA

Chegou
No coração
E abriu as portas
Para ventilar o espaço
E embriagar de emoções
    
Ali pensativo
Com a boca semi aberta
Como quem olha perplexo
A infinidade das coisas
 
Como dividindo
Sua naufraga ausência
Como quem esta presente
Sem marcar presença

É.....
No mar da vida
São as mesmas conclusões
Nos unindo nesta caricia universal
Porque
Somos todos iguais
Mesmo que diferentes 
  

    (Orides Siqueira)
AS VEZES

As vezes
O mundo não existe
Não importa
Nega-se a cooperar
Nos deixa ao relento
 
Não soluciona
E nem justifica

As vezes
Ninguém esta
Nem ninguém quer estar
E só aparecem
Para desencorajar

São matizes negativas
Às vezes o mundo
Não importa
E nem quer se importar
     

       (Orides Siqueira)

A LUCIDEZ DO CONTRADITORIO

Por ser
Um louco ser
A divagar
Na lucidez
 
Procuro exílio na culpa

E celebro cada dia
Em meu não ser constante
 
Por saber
Como embriagar
Meu eu
Com o contraditório
 
 Endosso a tristeza
Com um punhado de alegria
     
      (Orides Siqueira)

  
AMANSANDO TEMPORAIS

Derrubando muros
E amansando temporais
Fundindo-me
Em cavidades
Como uma vertente
À alimentar-se de si mesmo
 
Entre a gloria e os desejos
Inundado
Com os princípios da essência
Emergindo do fundo de mim
Desejando o desejado
Prazer do fim

E adormeço
Com o temporal  amansado
E  o elixir derramado
   

         (Orides Siqueira)

A REALIDADE ENVELHECE-ME

Não
Não tenho medo de temporais

Sim
Tenho medo
Da realidade
E da razão

A realidade envelhece-me
Muda minha aparência
Deixa-me imprestável

E a razão
Impõe regras
E acaba
Com as possibilidades
E não é nada razoável
   

      (Orides Siqueira)
GUERRA DE UM LOUCO

Sou teu meridiano
E teu paralelo
Em um mundo de abismos
Que se levanta em armas
E avança em poemas
 
Lutando
Por um mundo
Mais humano
Por fuzil de palavras
Curando karmas
E unindo coincidências
    

        (Orides Siqueira)

sábado, 18 de janeiro de 2014

DECLARO-ME VIVO

Sei que o impossível
Esta sempre a disposição
Basta ter ação

Declaro-me vivo
E saboreio meus atos
Atrevendo-me a ser como sou
 
Sou guerreiro
E minha espada é o amor
Meu escudo é a coerência

A felicidade
A alguns é insuportável
 
Minha opção é a imaginação
E não existe necessidade
Que não seja necessária
Porque na vida
É mais importante
Amar
Que desfrutar
 
  
    (Orides Siqueira)

  
REFÚGIOS

Refúgios
Que escondem e abrigam
E nos levam
A um mundo particular 

Frente a vitrines 
Daquela galeria
Onde íamos passear
O aroma do café
Parece emergir 
Aos sonhos
Que a teu lado
Consegui sonhar

Tateando
Como um cego 
Que a tudo quer rever
Tudo imagina
Mas lhe falta a formula 
Para voltar a ver
E mesmo sem ter 
O visível 
Sei que posso acreditar no impossível 

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014


   OVERDOSE DE VIDA

Quero usar esta overdose de vida
Suprindo deficiências
E esquecendo carências
 
Sem profecias ou bobagens
Nem pesadas bagagens
Sigo passando amor no olhar
Sem profecias ou guia
Deslizando na noite
E flutuando no dia a dia
 
Beijo o chão onde piso
E vivo entre clamores e risos
Por entre caricias e paixões esquecidas
Vou bendizendo a vida
 
Em cada passo
Cada olhar
Suspiros jogados no ar
Entre o amor e os amores
Vou açucarando a vida
E absorvendo o perfume das flores
     

      (Orides Siqueira)
HUMANOIDE

O ser humano
É comunista
Até ter dinheiro
E virar consumista
Machista
Até ser pai de menina
Ateu
Até adoecer
E a Deus recorrer
  

      (Orides Siqueira)
ENTRE PALAVRAS
Autdoor
Reflexos e silêncios
Religiões, esquinas
E pregadores
Exílios, naufrágios
E enigmas
Palavras e palavras
 
Palavras que anunciam
E outras que simplesmente
As pronunciam
 
Sussurros 
Gritos
Markerting
Movido pela boca
Palavras geniais
Ou palavras loucas
 

   (Orides Siqueira)
OBRIGADO, OBRIGADO
E MUITO OBRIGADO

Obrigado esquinas da vida
Por unir ruas
As lagrimas
E o oculto ao verdadeiro
 
Obrigado
Por fazer-me
Esquecer o esquecimento
E usufruir do conhecimento
 
A memória
Por não permitir
Que esqueça minha história
 
Ao medo
Que alimenta em mim a valentia
 
Obrigado
Por respirar poesia
Quando o ar me asfixia
 

     (Orides Siqueira)

sábado, 11 de janeiro de 2014

QUANDO O AMOR
ABRAÇAR A MORTE

Que aconteceria
Quando o amor
Abraçasse a morte
O amor morreria....
Ou a morte se enamoraria
Quem sabe
Talvez
A morte se apaixonaria
E o amor
Até a morte a amaria
  

    (Orides Siqueira)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

       LAMENTO
É AUTOFLAGELAÇÃO

Lamentar-se
É depressivo
E regressivo
Paralisa a ação
E bloqueia
A interação
 
O lamentar é coisa
De quem sofre
E engrandece o sofrimento
Sem aceitar a solução
 
Ninguém
Beneficia-se
Com a lamentação
É ser medíocre
Até na autoflagelação
 
   (Orides Siqueira)
LADOS CONFLITANTES

Temos
O interior e o posterior
O interior é o ser
O exterior se refere a fazer
 
O interior
É o simples o repartir
Já o exterior pode trocar com o tempo
Ou mudar como o vento
 
O interior
É o eu
E o exterior
É pegar o seu
 
O exterior
Quer o êxito
A ganância
O interior
Acha que os bens materiais
Não tem importância
    

      (Orides Siqueira)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A VIDA É UM NADA

Depões de tudo
Tudo vira nada
Apesar
De um dia
Ter sido tudo
 
Sabemos que o tudo
Nada mais é que um nada
Grito tudo e o eco responde nadaaa
Grito nada e o eco responde tudooo
 
Tudo é cinza do nada
E vira um monte de nada
O que sempre foi
Nada mais que nada
 
Não existe nada alem do nada
Porque mais nada será
E depois de tanto tudo
Voltamos a ser nada
  

    (Orides Siqueira)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

TROQUEI A BAGAGEM

Tatuo
A vida
Com gestos
E adoço com versos
 
Fui esquecendo
As coisas materiais
Ficando apenas
Com as existenciais
 
Desfruto de tudo
Sem precisar ter tudo
 
As coisas materiais
Estavam confundindo minha viagem
E aí
Fui trocando a bagagem
  

      (Orides Siqueira)

domingo, 5 de janeiro de 2014

 O NASCIMENTO DO ESCURO

Engravidaram a penumbra
E nasceu a escuro
O impossível batizou
E o infinito criou
 
Tinha uma aparência
Imutável e sombria
Com medidas inexatas
E a escuridão intacta
 
E ele por sua vez
Fez submergir a alma
E tentou usar
A autodestruição
Com rituais de luz
 
E nesta verdade
Calada
Não existiu pacto
E veio a sombra
Deixando tudo preto no ato
  

      (Orides Siqueira)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

TINTA E PAPEL POR FAVOR

Sem escrever
É mesmo que estar sem voz
Muda
Não poderia ser pior
É a crucificação dos sentimentos

Reflexões não ditas
Pagina em branco na memória

É o supérfluo na superfície
Um dia com eclipse
Onde ouço ecos da ausência
E gritos do silencio

(Geórgia Siqueira)
NÚPCIAS DO ONTEM

O hoje
É o apocalipse do ontem
Um poema de amor
Com silabas caídas
 
Cheio de irrealidades
Núpcias da água com o ar
Em dia de chuva
 
Ninguém sabe
O inicio ou o fim
Desta sombra no escuro
Onde um já passou
E o outro apenas iniciou
   

     (Orides Siqueira)