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domingo, 31 de agosto de 2014

SEDUÇÃO

A sedução
É um bolero
Que dançamos devagar
 
Uma sinfonia
De sussurros ao ouvido
Onde um te quero
Dança ao som de um te amo
 
E uma silueta presunçosa
Desnuda o amor
   

            (Orides Siqueira)
MULHER

Mulher é poesia
Em uma rima com aroma

É escrever com pétalas
T e quero
E com espinhos
Te amo
 
É uma metamorfose
A perfumar as silabas
  

         (Orides Siqueira)
CONTEÚDO

Qualquer poço profundo
Tem pouca visibilidade
É necessário
Olhar com profundidade
Para saber o conteúdo de verdade
 
Se me olhando nos olhos
Não podes
Enxergar meu interior
Melhor voltar
E procurar outro amor
    

         (Orides Siqueira)
NADA NOS SEPARA
 
O vidro na janela
É uma ilusão
Não ampara
Também não separa
 
Nunca
Falamos tudo
Esperamos
E esperamos
E amanha vem
A palavra que faltava
Algum gesto que indicava
Que esta bem
Ou mal
Esperar, querer
Normal, mais que normal
   

       (Orides Siqueira)
MARTIRIZAR O CARINHO

Já gastei as solas do sapato
Pisando marcas
 
E vi
O amor
Martirizar o carinho
E botar a culpa no universo 

E o abandono
Entrar na tristeza
E ameaçar o espírito
Arrastando existências
Por caminhos  secretos
E com ares de mistério
Tornar o adeus imortal
  

       (Orides Siqueira)
SUICÍDIO DA LAGRIMA

Á lagrima cai
E de medo seca 

Por que
Onde
Não habitam lembranças
Existe
Um cofre
Cheio
De esperanças inúteis

(Orides Siqueira)
AS MERDAS DA VERDADE

A verdade
É uma mentira com pedigree
Que podemos 
Levar para passear com coleira
Só temos que levar
Uma bolsa
E uma pá

Para recolher as merdas
Que ela faz no parque da ignorância

Com mania de superioridade
Ela rosna
Late
E nos faz latir com ela

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

MULHER MADURA

Infinita
Irreverente
Absurda
E sem sentido
Mulher madura

Eterna
Vencedora
De batalhas da carne
Pisoteando anos
Sacudindo historias
E arrastando
Por quês

(Orides Siqueira

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DAMA

Quem és tu
Que
Imobilizaste tuas asas 
Apagaste tua luz
Quebraste o coração de cristal
Para reinar na escuridão
Abdicastes da sabedoria
Para ser sombra
E ocupar um lugar no inferno
Que fizestes contigo........


           (Orides Siqueira)
CORAÇÃO

O coração
Não carrega relógio
Nem carteira
Nem precisa de sinal
Para celular
Só chega a ele
Quem ele desejar
E se o procurar
E acaso achar
Deve
Chegar devagar
Sem se anunciar
Por que
Ele pode disparar
  

      (Orides Siqueira)
TERCERIZARAM O PARAISO

Tudo era um paraíso
Tínhamos fartura
Não havia fruto proibido
As cobras eram mudas
Fazíamos amor sobre as moitas
Tapava-nos com o céu
Até
Que deram vós as serpentes
Proibiram os frutos
Terceirizaram o paraíso
Pornografizaram o amor
E colocaram um político de administrador

(Orides Siqueira)
MAGOA

Coração apertado
Ferido
E magoado
Quando o coração
Chora
Por algum estropício
Sanar-lo
É um difícil oficio

Mas........

Rupturas
São costuradas
Pelos ponteiros
Do relógio

(Orides Siqueira)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

UM PAI

Um pai 
Manteve um filho(a) acorrentado a uma cadeira 
para que não procedesse de maneira errada
Foi denunciado, tripudiado e preso 
Saindo de sua residência algemado,
Execrado cabisbaixo sobre aplausos para policia
Meses depois o filho(a)
Foi preso por drogado, matado e roubado
Foi jogado ao chão e algemado
E o pai por todos idolatrado
Mas esse pai já não estava mais a seu lado......


(Orides Siqueira)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ZELADOR DO AMOR

Poeta 
É um zelador de corações
Que fás
As letras copularem com a flor

Dança com as lembranças
Tropeça nas lagrimas
Beija a nuca da saudade
E rejeita a realidade

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

RECICLAR-SE

As vezes
Passamos pela vida sem olhar
E quando olhamos
É sempre para o mesmo lugar
A rotina nos faz
Perder-nos dos demais

E é aí
Que a arvore
Não nos deixam ver o bosque

(Orides Siqueira)
REALIDADE

Se bateres a minha porta
Não abro
És essa febre
Que como uma esteira 
Treme meus olhos
E não me deixa sonhar

E o sonho
É a defesa imunológica da razão
Que defende a alma contra ti
Envelhecedora realidade

(Orides Siqueira)

sábado, 16 de agosto de 2014

CANIBALISMO FRATERNO

Sofro
De uma espécie
De gula amorosa
E faço apologia
Ao canibalismo fraterno
Não
Como um caramelo
Sim
Para poder sorver
O encanto

(Orides Siqueira)
RAZÃO E CONDIÇÃO

Aceitaria 
A eternidade
Por uma razão
E com uma condição
Permanecer a teu lado
Sem nada a acrescentar
Só.........
Com as batidas do coração
Teu perfume
E minha louca paixão

(Orides Siqueira)
O AMOR

O amor
Não é diferente do vinho
Entre a causa
E o gosto 
É acido e embriaga
E vive
Entre alucinações
E orgasmos

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ESTUPIDEZ HUMANA

O homem caminha
Em uma superfície submissa
E se deixa absorver
Pelo pântano
É uma pedra que se afunda
Sem grito nem resistência

Acomoda-se ao lugar comum
Perde o habito de dialogar
Habita o silêncio
Comunica-se pelo face
Critica a globalização
Mas vota sempre na situação
O País
Passa a ser um pirulito
Que por ser doce ele consome

(Orides Siqueira)
ACARICIAR O MISTÉRIO

O homem 
Finge-se de morto
Para ver seu próprio funeral
E de pé olha pela janela
São e salvo

Mas
Esquece
Que no momento
Em que conhece o final
Deixa de acariciar o mistério

(Orides Siqueira)
MUITO CHAPÉU 
PARA
POUCA CABEÇA

Queremos elogios
Mas somos críticos
Fechamos a alma
E queremos luz

Temos o dom do amor
Mas esquecemos de dividir

Batemos a pedra na pedra
E queremos água

Engaiolamos pássaros
E queremos que eles cantem
Procuramos recibos
Para saber se alguma vez pagamos
Matamos
Para pedir paz

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MARCAS

"O tempo
Marcou meu rosto...
Sem raiva nem rancor..
Colocou marcas com calma..
Acho que a vida
Anda passando a mão em mim..
Por que
A vida sempre
Anda em mim.."
  

       (Orides Siqueira)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014


   IMPERIO DE CINZAS

Vencer a sensação
De morder a maça
E incendiar o jardim
Neste império de cinzas
    
Por  favor  voltem a linguagem primitiva
Onde todas as palavras
Tinham significado leal
Onde o tigre era tigre e a paz era paz
 
Em vez de galardões prostituidos
Pelos senhores das guerras
Abriam portas com palavras
E fechavam o tempo a retórica
Falada por homens hiena
Primeiro rezam
Depois matam pessoas sem pena
  

           (Orides Siqueira)