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quarta-feira, 29 de agosto de 2012


ESTA TERRA TEM DONO

Quero
Amordaçar a escuridão dos meus medos
E lutar para sair das sombras
E colorir meus horizontes
Nem que tenha de soprar  contra o vento
 
Hoje que a corrupção é o combustível do poder
E acomodação se instalou em nossas artérias
E os honestos que eram a voz do povo
Se envenenaram com a indiferença
Nos escuros cantos do silencio
Quando o verdadeiro Deus foi derrotado
E assumiu um diferente Deus inventado
 
Os mercadores
Estes malditos bastardos
Que roubaram o brilho da cruz
Riem da nossa cara e vendem a imagem de Jesus
    
Eu que jamais vou suicidar-me
Prefiro lutar pela dignidade
Desenvolvendo o meu eu
Fico dedicando-me a gabaritar nos papeis
Para deixar um grito de indignação
Indignação sem revolução nem guerra
Indignação quem vem desde o Índio Sepé
Que gritava nas coxilhas, sou dono desta terra
  
      (Orides Siqueira)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012



CÁRCERE DA MENTE

Queremos a liberdade
Num paraíso encarcerado
 
Somos juízes
E não aceitamos
Justificativas dos nossos atos
Nos aplicando grandes penas

Criamos células impenetráveis
Colocamos cadeado em tudo
Até em nosso pensar
 
Levantamos barreiras
Que nunca vamos transpor
Imaginamos tudo contra
E nada a favor
 
Nos calamos
Temos apáticos movimentos
Vida lenta
Quebramos as extremidades
E somos expectadores no meio da sociedade
 
    (Orides Siqueira)

sábado, 25 de agosto de 2012

Poesia enviada a Renato Jaguarão canditato a prefeito em JAGUARÃO


CANDIDATO  SOCORRO

Doe ver meus amigos de infância
Sem emprego
Sem luz, sem água, sem teto
 
Com desertos áridos na cabeça
Vendo políticos e a política com descrença
Apontando jogo de bicho
Ou reciclando lixo
 
Queimando suas magoas
Em copos de cachaça
Enquanto que políticos com sorrisos
Parecem deles acharem graça
A eles só sobra desemprego e desgraça
 
Me dói ver
Que os tornaram incapazes
Onde estão os políticos
Que os prefeitos fazem
 
Fazem cortesia
Com dinheiro do povo
Distribuindo mini ranchos gratuitos
Para vê-los calado
Calar seus gritos
Qual será o futuro destes homens aflitos
 
Dói minha alma
Vendo minha terra submissa
Sou apenas uma gota deste trágico choro
Faça alguma coisa
E depois sim
Grite
Diga eu fiz
E nos ajoelharemos e entregaremos da vitoria os louros
  
         (Orides Siqueira)
  
FABULA DA VIDA

Um homem esta morrendo
Quando repente Deus chegou
Com uma pequena mala na mão
 
E Deus falou
Filho temos de subir
Subir, porque ?
Não quero ir
 
Tenho poucos anos
E estou cheio de planos
Que tem nessa mala perguntou
 
Deus respondeu
Tuas coisas teus pertences
Meus pertences...
Minhas roupas meu dinheiro
Não.....isso nunca te pertenceu
São coisas da terra
Ok... então minhas recordações
Não isto pertence ao tempo
Então....meu talento
Não....isso eram circunstancias
Joguei ao vento
 
E o moribundo seguiu
 
Meus amigos, meus familiares
Não....sinto muito estes eram o caminho
Plantaram em ti o amor e o carinho
Minha mulher ,meus filhos, meus irmãos
Estes nunca te pertenceram, eram de teu coração
Há....entendi, então ai esta minha alma
Deus disse, não esta é minha
 
Quer dizer que nunca tive nada
Tivestes
Os momentos de vida eram só teus
A vida é um momento, mas sempre foi tua
Por isto enquanto tivestes vida desfrutastes dela
E ela foi bela
O resto nunca foi teu
 

Vive a hora,
Valoriza quem te valorizar
Não perde tempo com quem não tem tempo para ti
 
    (Orides Siqueira)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

   
AMIGABILIDAD

Querer amigos,
Por não gostar de ficar só
É reduzir as pessoas a objeto
 
Só o homem
Que é capaz de esta só
Tem capacidade para ter amigos
Para dividir não suas necessidades
E sim sua verdadeira amizade
Isso não é ter fome ou sede
É  ter amor
 
Quando existe uma amizade assim
Não deve ser chamada de amizade
Porque tomou uma dimensão totalmente diferente
E podemos chamar de amigabilidad
Transcende alem da Amizade
Transcendem as relações
E deixam de ser amizade por obrigação
E sim por uma grande afeição
 
Amigabilidad é a alegria de compartilhar
Sem nem uma condição
Sem nem uma expectativa
Nem desejo de ser retribuído
Amigabilidad é a amizade mais pura
Não e necessidade nem carência
É uma abundancia de concordância
  
        (Orides Siqueira)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012



 SER HOMEM

Ser homem
É mais que ser uma figura
Um humanóide besta e insolente
Ser homem é ser acima de tudo gente
 
É viver com um sentido transcendente
Ser homem é ser um projeto
Uma aventura
Um processo  incessante
Ser um ser amoroso e amante
 
Mas ser homem
É estar bem perto da besta
Se o cérebro não tiver medida
Ser homem não e fazer  nem lutar em guerra
Ser home é lutar pela vida
E espalhar a paz na terra
 
Ser homem não é problema
Muito menos medida
É ser um semeador
A semear  vida
 
   (Orides Siqueira)
 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

 

NÃO SOU MERDA SOU HOMEM

 

Sou um enxerto na humanidade

Se morrer não vou deixar saudade

Esqueceram de enxertar-me o dogma

E se compadecem com a falta de memória

Sou um saque programado de aberrações

Um surto orgânico de estupidez

 

Minhas veias não são filtros de água

Nem quero fazer parte deste circo de marionetes

Tenho atrofia  insurgente

Uma língua infestada de protestos

Esta necessidade de protestar

Sem pintar símbolos anárquicos em paredes

Nem proclamar comunismo em rede

 

Sou Nacionalista, nunca comunista

Sou esta desgastada desgraça deserdada

E desgarrada do rebanho

Em demasiada ousadia

Não quero encher pulmões de ar

E deixar o estomago com fome

Consumo tudo que consome

Não sou merda, sou homem

 

     (Orides Siqueira)

    

VIVA A SEPARAÇÃO

 

Por favor deixe-me  amar

Se você não me ama

Deixe eu me amar

Não vou ficar com as amarguras

Tampouco vou perder tempo a chorar

 

Minha alma não pede esmolas

Já que o espaço existe

Deixe-me existir

Não colho ódios nem vou ódios plantar

 Amo-me e gosto de me amar

 

Não vou distorcer minhas características

Nem orações, nem blasfêmias

Menos ficar invisível

Sou reciclável, nunca perecível

Sigo pensante e amável

 

Meu coração esta livre e tem salvação

Livre arbítrio

Vivo e dou viva a separação

 

       (Orides Siqueira)

  

 MORENA VERNIZ

 

A beleza que transmites

Com teu sistemático caminhar

Transborda as sensações

No dinamismo do andar

Com  o balançar

Dos teus elegantes quadris

Bela morena verniz

 

O poder do teu corpo

Potencia os sentidos

Acariciando o silencio

 

Teu olhar a iluminar

O  sorriso a aguçar

Confiscas meus desejos

De querer

Abraçar

E te cobrir de beijos

 

Liberando as virtudes

Abrem-se as pétalas da tua rosa

E rebolas toda prosa

Destilando prazer

Teus movimentos

São segredos de teus encantos

Com imaginação e criatividade

Explorando as complexidades

 

     (Orides Siqueira)

domingo, 19 de agosto de 2012

 

    É PROIBIDO PROIBIR

Pinte uma luz diferente em sua paisagem ...
Cheire o perfume que você
Exala...
Deixe musicas  bronzear o céu de sua  boca

Permita que versos corram em suas veias
Livre-se do veneno ofídico
Inerente a mentirosos boçais
Levante  a sua voz para as verdades
Em picos verticais.
Abramos o leque de nossas memórias
Como seres racionais

Sejamos racional
Agora,hoje
Porque é essencial
Use o argumento
Que é "proibido proibir"
Seja exibido,
Quem disse que é proibido se exibir

Grite
contra aqueles que disfarçam realidades
E decapitam os nossos direitos
Quando querem que se espalhem
Meias verdades

Agora neste momento
Ainda existe
Alguma guerra matando
Griffs famosas
Gente se perfumado
Jovens empoeirados cheirando

Quando
A verdade é seqüestrada
E crucificada de cabeça para baixo
É preciso ser muito mulher ou muito macho
Para dizer
Não
Esta não é minha estrada
Não devo nem quero nada

Porque eles querem jogar sua vergonha ao ridículo ...
Imaginem a hiprocresia
Trabalhando no dia a dia
E os hipocritas morando em cubiculos
 
Imaginou

Então
Agora, sim,
meu amigo racional
É o momento crucial
Não deixa que te calem
Tua voz é primordial
 
          (Orides Siqueira)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

 
SINFONIA CENSURADA

Olhando suas curvas sinuosas
O brilho sugestivo de sua pele bronzeada
Brilha em mim o mais ardoroso dos sonhos
De  te-la sem pensar em mais nada

Com todo esse brilho
A sufocar o topo dos meus sentidos
E estimular a caricia de sussurros em meus ouvidos
Leva-me a pensamentos a atos inconfundiveis
Em notas de orgasmos audiveis

Apesar de tudo
E a leveza de sua cintura
Com a qual o desejo saciado exibes
Como nudez obscena em santuário
Tornando todos os atos possiveis

Ofuscas o maior dos tenores
Ao quebrar a harmonia do silêncio,
Neste dançar em lençóis
Lendo escalas no teu corpo musicadas
Como  uma arpa iluminada
Ouço tua orquesta em sinfonia censurada
  
        (Orides Siqueira)

domingo, 12 de agosto de 2012

 

 

LUCIDEZ POR FAVOR

 

A historia

Entra em colapso com o presente

Mas não se rende

E espera pacientemente

A razão

 

Entre

Intermináveis discussões

Não se entendem

A paz implora

E o mundo chora

 

Portas

Não indicam as saídas

E ficam a tatear sem  luz

 

Até onde vai

Toda esta loucura

Guerras, prisões, ditaduras

Quando o homem terá

A lucidez que tanto procura

 

      (Orides Siqueira)

       

 

COROA

 

Beldade cheia de  sensibilidade

Mulher carismática e amorosa

Expõe a beleza

Da mais bela rosa

 

Tem uma luz angelical

Estremece os sentidos

Do amor

Um manancial

 

Harmoniosa e delicada

Dengosa

Cheia de prosa

 

Sensual

Doçura e sensualidade

Mulher de verdade

Atrativa e bela

No sexo uma fera

 

Amiga amante  e esposa

Uma Deusa em forma de flor

Com conteúdo, aroma e sabor

Expert no amor

 

      (Orides Siqueira)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

    

DROGADO

 

Quando a linha vital desmorona

Os sentimentos se amontoam

Nesse ponto

Nada é como parece ser

E a realidade vira alucinação

 

O ódio galopa ao lado

E o demônio anda descalço

Sentimento complexo e sem definição

Como  uma ponta de cigarro mal apagada

Num cinzeiro vazio

Como fumar e querer ar puro

 

Um sonho ruim

Produzido por uma viagem

Pior ainda

Olhando para traz e não vendo nada

Uma luz apagada

Como estar passeando dentro de uma imagem

Um pesadelo sem fim

 

Um festival de fogo

No inferno

Uma faísca na escuridão

Mentira vinda da sombra humana

Uma explosão falsa

Um aceno no escuro

 

 

      (Orides Siqueira)

 

PARNASSUS

 

 

Vivendo

Entre dispersão

E vida apática

Com  pirotecnia de vaidades

Entre arsenais e adereços

Sentimos rajadas teatrais

Da vida

 

Aonde começa  a luz

Termina os sonhos

Porque a vida

É um sonho alado

Que se sonha acordado

 

E a fronteira enigmática

Interdimensional

Para culminar

Em outra vida sem censura

Que se chama espírito

 

Parnassus

Que nunca

Pode ser por etapas

 

     (Orides Siqueira)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

   
 CANSADO

Cansado

Do cinismo e desrespeito

De ver

Minha espécie se perder

Em uma guerra absurda de egos

 

Cansado

De tecer fios fracos

Para a vida rebentar

 

De ver o ódio entre as pessoas

O imoral da ciência

A religião acusar

De ignorância e mentiras

O poder nas mão dos ruins crescer

E a honestidade desaparecer

 

De falar e não ser ouvido

De ver amigos miseráveis

E ricos falidos

 

De ver corações

Nobres morrerem em fogo lento

De tanta pobreza

Tanto desalento

De sem tetos

E sem moral

Vico possesso e me torno anormal

 

 

      (Orides Siqueira)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012


TE AMO TRISTEZA

 

Te admiro tristeza

Porque temo que não existas

E me abandones sem deixar esperanças

 

Quero que sempre estejas aqui

Para ouvir teus lamentos

Preciso de tuas lagrimas

Olho ao céu e peço chuva

E que venha as tormentas

 

Porque se não te vejo

Que faço da vida

 

Sim claro virá a alegria

Em perfeita harmonia

Que nunca dura

Só tu perdura

Velha  parceira

 

Tristeza

Te admiro e te amo

Conheço-te perfeitamente

Em amanheceres e anoiteceres

Porque és companheira

A alegria é traiçoeira

Nos abandona

É ligeira

 

   (Orides Siqueira)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ÓRFÃOS DA VERDADE

 

Convencido

Da insolência humana

Debato-me até a exaustão

E deste habitat tenho compaixão

 

E na escuridão

Escondo minha vergonha

Deixando entre gavetas e clips

Onipotente e em  inevitável aflição

Vejo ploriferar o mundo dos chips

 

Horrorizado e órfão da verdade

Sou grão de areia nesta hipócrita sociedade

Onde qualquer surto de esperança logo é emancipado

Em ecstasy precipitado

 

Nesta procura incessante

Por presságios, profecias,palavras e ações emocionais

Somos conduzidos  ao vazio

Encaixotado e execrado pela falsa realidade

Nos alimentado de mentiras e órfãos da verdade

  

          (Orides Siqueira)

domingo, 5 de agosto de 2012

HOJE QUERO ESCREVER SOBRE UM ESCRITOR, QUE NA MINHA MODESTA OPINIÃO É O MELHOR DOS ESCRITORES VIVOS

            

LUIZ

FERNANDO VERISSIMO

 

Tímido distraído e detalhista

Honesto e sincero

Filantrópico

Sabe lutar por boas causas

Um pássaro sem asas

 

Construtivo e apaixonado

Armado com a imaginação

Culto e social

Conselheiro magistral

Globalizado

Ávido consumidor

Menino, jovem e senhor

 

Livre,light e imprescindível

Saiu da razão

Para exercer a vocação

Descrever a paixão

 

Se auto-proclama

Gigolo das palavras

Diz que a gramática

Apanha e não reclama

Porque sabe bem quem manda

 

Sorridente, bom humor

Cidadão que nada reclama  

Parece rir de si mesmo

Jogando seu sorriso a esmo

Este senhor escritor

 

     (Orides Siqueira)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

   

O ESQUIZOFRÊNICO

 

 

O homem que habita em mim

Fica olhando de um lado e outro

Para atravessar a vida

Envergonha-se de ser humano

Sem ser humano

 

Talvez

Um  lunático

Ou pouco pratico

Sonhador

Entranhado em uma realidade paralela

Esquizofrênico  e  enganador

 

Sempre ouvindo frases batidas

Sobre política, meio ambiente

Coisas subjetivas, realidades alternativas

Querem fazer lavagem na nossa mente

Tornando-nos medíocres e subservientes

 

Tentam definir  o  chique e o brega

Com comerciais e refrões

O feio é feio

Beleza não tem padrões 

Não suporto  mais as descriminações

Querem engarrafar  opiniões

 

       (Orides Siqueira)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


 POEMA PERDIDO

 

 

Ontem

perdi um poema

Mas o encontrei esta manha

Errante

Entre soluços e sorrisos

 

Fazendo piruetas

Entre as rosas do meu jardim

Ensaiando acrobacias

Em meio a orquídeas e o jasmim

 

Escorregando em gotas dӇgua

Para o leito das margaridas

 

Depois o vi atentamente

A escutar o cantar das aves

Que habitam

Hortênsias

 

Nem hesitei

Voltei

Mas esqueci-me

E voei

Nas asas do beija-flor

 

    (Orides Siqueira)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


GRITO DE LIBERDADE


Mais que qualquer canhão raivoso
Cavarei trincheiras para não me esconder
Acenderei fogos para não me aquecer
Lutarei com toda a minha garra

Por achar que ser honesto é acima de tudo um dever


Eu vou brigar sem piedade,

Dizer, gritar, impregnar  verdades
Sou liberto mas da hiprocresia quero a liberdade
Sem falar coisas futeis nem ferir integridades


Este meu grito de liberdade 

Alguns no comando chamam de Utopia

E eu com isso, não tou nem ai para a hiprocresia

Mimarei metáforas em cada verso

Até que o traidor coração ataque-me com alguma atrofia

  

         (Orides Siqueira)