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quinta-feira, 31 de julho de 2014

LAGRIMAS

Algumas
Das minhas lagrimas
São de dor
Por não poder estar em ti
E outras são balsamo
Por seguir estando em mim

(Orides Siqueira)
LAGRIMAS AO SOM DE VIOLINS

Livre
Como partículas de pó ao vento
Cantarolando versos
Para acordar os sonhos

E entre lagrimas
Derramadas de violins
Ouço um coro de vozes em silêncio

Acaricio o ar
E conto-lhe historias de amor
Viajando entre Gardel e Piazzolla
Arantes e Tom Jobim
Distribuindo pétalas
Deste amor que brota mim


(Orides Siqueira)
PASSAM OU PASSARÃO

Estava ai
E hoje estou aqui
Sentado na margem 
Do olhar

De pescador paciente
A caçador eloqüente

Os dias
Passam e passarão
E a vida fazendo arte
Hoje espectador
Amanha ator


(Orides Siqueira)
HABITANTE AUSENTE

Cada manha
Sai um homem da minha casa
Com a minha cara e meu corpo
E uma grande historia
Que se afoga entre as luzes

Distanciou-se de tudo
Ficando
Longe de todos
Tornou-se invisível
E hoje
Quando se olha no espelho
Já não esta mais lá

(Orides Siqueira)
CAÇADOR DE PALAVRAS

Persigo palavras
E sobre o silêncio e a saudade
Reviro paginas da vida

Vivendo sobre a grande linha
Que dobra esquinas

Uma cadeira vazia
Virou
Trincheira do tempo
E como um diáfano
Deixo o tempo passar
Entre gotas de tormenta
E pingos ternura

(Orides Siqueira)
ARIANO SUASSUNA

Galopando nos sonhos
Para enfrentar as realidades da vida
Suassuna vivia no mundo que contava
Com o pensar de anjo
E as mão de fada
Sem ti a literatura não será
Nada mais que nada

Com seu repente
Discreto
Sem nada estridente

A massificação
procura baixar a qualidade artística
para a altura do gosto médio.
Em arte,
o gosto médio é mais prejudicial
Do que o mau gosto...
Nunca vi um gênio com gosto médio
A. Suassuna
Suassuna você não é a historia
Que vou lembrar
Serás a historia que vou contar

(Orides Siqueira)
EXISTIR

Existo........
É realmente existo
Entre........
Um café, um cigarro
Altos papos
E água mineral

Sem saber
Com quem deitei
Nem
Com quem levantei
Nesta poligamia singular
Viver só.......
É ter um par perfeito

(Orides Siqueira)
IDADE DA LOBA

Quando uma mulher esta entre os 40 
Inicia a se arrumar diferente 
Coloca mais decotes 
Usa batons e saltos vermelhos 
Brincos grandes
Faz bocas e caras
Conversa com meiguice
E esta sempre com a pele bem tratada
Ela está na fase da loba

A esta fase transforma
E especializa
E é aí que ela se localiza
E quequer sentir todos os tipos de prazeres possíveis
Quando entra nessa fase
Onde mais arranha do que geme
Ousa mais
Se descobre e se acha
Exala sensualidade
Desperta a sexualidade

E declara o amor como prioridade.
Tudo fica mais apurado,
Essa é a fase de amar mais
E permitir mais

A loba
sempre tem cara de mulher
Bem resolvida,
Bem amada
E o melhor de tudo,
Come e é bem comida.
E leva a serio o ditado popular
"Não basta só miar, tem que saber arranhar!"

(Orides Siqueira)
SABE NADA ........

Ao entrar
O silencio me invade
Estavas em frente ao espelho
A ajeitar os cabelos
Não entendi o porque
Se tudo estava perfeito

Teu olhar através do espelho
Era penetrante
E insinuante

Sorriste
Ansiosa, erótica e sensual
E percebi
Com prudência
Como era grande minha inocência

(Orides Siqueira)
PASSOU

Quando Virem
Um brilho em meu olhar
É um sorriso bobo
Que meus lábios 
Não conseguem disfarçar

E quiserem saber
Que aconteceu
Que passou

Passou ........

Uma mulher
Dessas que nunca param de passar

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

VOLTAR

Volto para casa
No carro
Ouço musica suave
E vejo um amor depois do amor
Mas a meu lado ninguém
E alguém
Sorri

Preciso
Mais que tempo
Para recordar o que não foi
Dentro de um tempo que já não é


(Orides Siqueira)
UM PAR DE SAPATOS

O amor
É como um par de sapatos
Tens que experimentar
Até
Chegar a um que não vá te machucar

Mesmo que não seja
O mais bonito
Mas que te permita seguir andando
Sem trauma
E sem causar dano


(Orides Siqueira)

sábado, 12 de julho de 2014

O HOMEM

O homem
De tanto andar
Procurando o triunfo na derrota
Perde o tempo do tempo
E segue qualquer luz

Sente-se impotente
Para atravessar a lama
E conta horas que não existem
E se vê cair no vazio
Por habitar o abismo


(Orides Siqueira)
DEFINIÇÃO DE POESIA

Poesia é sonhar
E o grito da estatua dobrando a esquina
E quando queremos pegar a estatua
Encontraremos só o grito
Porque não se define
O que é infinito

Definir poesia
É como
Pronunciar palavras
Nuas
E depois querer vesti-las


(Orides Siqueira)
ESTAMOS DE PASSAGEM

As vezes
Cruzo com a raiva
E ela tenta enfiar o braço
Digo-lhe
Não pode me acompanhar
Estou aqui de passagem

Também os medos
Esses que nos atormentam
Enchendo-nos de preocupações
Não os atendo
Estou de passagem
E não quero atrapalhar-me
Com pequenices
E os segundos escapam entre os dedos
Como o vento
Há o vento...........
Bem este também esta de passagem

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

PSIUUUUU!!!

Psiu
Não fale alto
Estou sonhando
E cavalgo um jacaré que relincha
Enquanto masco chiclet

Se acordar
Vou enxergar
A lucidez

E ta cheio
De incendiários
Queimando idéias
Com palavras

(Orides Siqueira)
MARTIRIZAR O CARINHO

Já gastei as solas do sapato
Pisando marcas

E vi
O amor
Martirizar o carinho
E botar a culpa no universo

E o abandono
Entrar na tristeza
E ameaçar o espírito
Arrastando existências
Por caminhos secretos
E com ares de mistério
Tornar o adeus imortal

(Orides Siqueira)
FLORES

Quando o pensar me marcar
E a idéia voar
Minha alma virará pássaro
E não importa
A que lado
O vento vai me levar

Vou procurar flores
Para embriagar meu olhar

(Orides Siqueira)
QUANDO ESTOU SÓ

Lagrimas surgem como cascata
É diferente
Quando estou só
Surge da minha alma
Um espinho, uma rosa
E quando chegas
Tudo se acalma

Tua vós me assedia
És minha vista
Minha marca
Meu sinal
Alma
Consolo
Inicio e o final

(Orides Siquedira)
DUALIDADES DO AMOR

Um limite 
Um ideal
Infinito sem horizonte
Um risco vertical
Dois mundos diferentes
Entre pecar
E ser prudente

Sair e voltar a entrar
Estar e não estar
Transparente quando tentam tocar
Assim coma a felicidade
O amor
É uma gostosa dualidade

(Orides Siqueira)
A INDIFERENÇA

Até quando
Vamos ruminar
Simulações
A beira do abismo

Até quando
Dormiremos
Enquanto La fora
Se afundam todos os titanics

Até quando
Vás viajar no infinito
Falando de ti mesmo
Levando como acompanhante
Tua sombra

Até quando
Seremos apenas
Crianças com idade

(Orides Siqueira)
A FLOR E O BEIJA FLOR

A flor
Emociona-se
Ao ver 
Do beija-flor
O atrevimento
E ri de suas asas loucas
Jogando amor ao vento

Com o pólen
Como as abelhas ensinaram
Dando voltas sobre o talo
E imaginando
Que ela e o beija flor se beijavam

Um amor impossível
Que a natureza castrou
E o vento censurou
E de tristeza
A flor murchou
E a ave voou para outro lado

Orides Siqueira)
RELAÇÕES

As relações
Ficaram difíceis
Por que
Ninguém quer namorar

Conversas viraram textos
Argumentos ligações
Sentimentos
Viraram indiretas

A palavra amor
Esta fora do contexto
Paixão
É só uma forma de pensar
E magoar
É uma coisa normal
(Orides Siqueira)
A VIDA E O TEMPO

Quanto 
Mais rápido andamos
Mais rápido queremos andar
Viajar
Saiu de moda
A moda agora é chegar

Mas não é por ai.............

Viver intensamente
Não é viver loucamente

(Orides Siqueira)