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quarta-feira, 25 de abril de 2012


 
EMERGIR

Sucumbir é um ato
Para mim nunca negociável
Quero viver livre
Para poder perverter as sombras
Como o mar a desvirginar as ondas

Não deixarei que a sombra
Seja protagonista do meu ser
Nem inverta minha realidade
Quero paz, luz e liberdade
 
Não troco luz por reflexos
A chave que tranca também liberta
O outono não deprime as arvores pela nudez
Nem somos qualificados pela estupidez
 
A timidez se rechaça
E  a liberdade vira a mais pura cachaça
Embriagando com o melhor sabor
 
        (Orides Siqueira)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A VOZ DO CORAÇÃO


A VOZ DO CORAÇÃO

Por tua inconsciente frescura
Em teu colorido pensamento
Que vivo esta grande loucura
De tê-la por um momento

Imploro por uma noite
Quero um êxtase interminável
Viajar no imaginável
Deliciar-me no inesgotável

Entre paixão e fantasia
Em proibidos sentimentos
Com trilha de sussurros e lamentos
Não preciso de dias, só inesgotaveis momentos

Com tua sensível caricia
Ouvir o mundo em meus ouvidos
Viajar até o amanhecer
Deliciar-me, saciar-me de prazer

(Orides Siqueira)

domingo, 22 de abril de 2012

Namorar

NAMORAR

Namorar é ter uma pessoa em especial
É achar o amor essencial  
É cheiro de beijos
Saciar desejos
 
Ansiar por um encontro
Saber que ninguém é perfeito
Perdoar defeitos
E um viver no outro
 
Namorar e agradar a Deus
Falar que problemas seus são meus
Se embelezar e querer amar
É ansiar em agradar
 
Olhos a brilhar
Felicidade sem ter como explicar   
Colocar o afeto em gestação
Aquecer-se com o calor da paixão
 
           (Orides Siqueira)

quinta-feira, 19 de abril de 2012


SUSSURROS E TERNURA

Teu calor
Derrete o gelo das minhas palavras
Descongelando
Deixam minha alma afogada

No delírio de minhas loucuras
Quero um inundar de carinhos
Para acariciar a alma
Quero no teu corpo fazer ninho

Com meus lábios
Vou tua pele massageando
Um mar de ternura sussurrando
Sentindo o bater forte dos corações
Com o prenuncio das emoções

Chego ao pico de minhas tentações
Uma dança de movimentos em aromas e sentimentos
Paro ao deliciar momentos
Observando pétalas numa vitrine cheia de cor, a expor o amor

(Orides Siqueira)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sugestão do J.MONCKS é uma ordem obrigado por achar que sou digno de sua sugestão.


JM. SORTILÉGIOS:
O teu poema "Agonias sob o crepúsculo" é um belo texto, sugestional e codificado pelas figuras de linguagem, especialmente as METÁFORAS, como deve ser o poema (com Poesia). Contém um boa e saudável IMAGÍSTICA, sem forçar a barra... Uma sugestão meramente de forma: que tal colocar a quarta estrofe como terceira, finalizando com a que inicia com "Doçura fugaz da maçã...", que é o símbolo universal do pecado, segundo a concepção bíblica disseminada no mundo... Abraços do JM.

Obrigadissimo grande palestrante e oficineiro de poesia e arte, ja esta modificado quem sou eu para não aceitar sua sugestação e agradeço por recebe-la
Abraço JOAQUEIM MONCKS mais uma vez gracias mestre !!!

sábado, 14 de abril de 2012



NÔMADE

Minha alma vagueia
Num sem fim de horizontes planos
A carne naufraga
Quando falta a luz d”alma

Imagino-me
Em um andar nu na praia
Como nômade perdido e cansado
Pássaro com voo limitado

Proibido de dirigir meus sonhos
Com impotência irrigada de lagrimas
Sinto-me um duende em sonhos surreal
Cheio de lembranças, mas com pane ao decifrar

Desvanecendo aos poucos
Um grito retido na boca adormecida
Como um cachorro loco meu coração bate
Um querubim com asa quebrada e a alma naufragada

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 9 de abril de 2012


SEIOS

Colos d”amor
Pequenos e discretos
Grandes e eretos
Dignos de apalpar com afeto

Arrepiados e sensuais
Túmidos e palpitantes
Dignos de um olhar penetrante
Uma suave e bela vitrine de amantes

Ondas em movimentar suave
Como divinos pecados da criação
Alimentam e afincam os olhares
Palpitam o coração

Montanhas imponentes
Com rubros botões
Num pequeno tocar
Aflige e aumenta emoções

Parecem disputar em duelo
O olhar com zelo
Prédio gêmeos edificado pela natureza
Cumes de singular beleza

(Orides Siqueira)

A NOBREZA DO AMOR

O amor é fogo lento
É perfume que se joga ao vento
Uma rosa sorrindo
O nu emergindo

É um jardim de caricias
Com flores intactas
É o enigma de uma ciência exata
Um nexo com reflexo

Faz bem para cantar e rir
Um impulso que faz ir e vir
É luz na escuridão
Um flesh no coração

Tem substancia e firmeza
É pilar da fortaleza
A velocidade do instinto
É raio da imaginação

(Orides Siqueira)

sábado, 7 de abril de 2012


CÉREBRO EM EXECUÇÃO

Quando as paixões são derrotadas pela força
Sentimo-nos privar da luz do dia
Como se em nós jorrassem água fria
Uma noite em madrugada pálida

Penso em damas, reis e demônios
Parece-me ser o diabo o dono dos tesouros
Sou um palhaço gritando socorro
Sou isto, como pedra rolando do morro

É o inferno na minha mente em serie
Protegendo-me com capacete de papelão
Como um réu confesso, um ladrão
Para min um insulto um choro, a eles diversão

Sombras escuras cérebro em execução
Uma escuridão sobre o palco da idade
Sinto minha alma triste e fantasmagórica
Uma vida mal vivida e retórica

Sinto-me com um chapéu de idiota
Isolado como um navio sem frota
Sentado e rodeado de tolos
Como uma ovelha cercada de lobos

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 4 de abril de 2012


EDIFICAR O AMOR

Hoje me permitirei
Que as luzes iluminem minha alma
Quero ousadia para transitar em teu corpo
Esbelto de ternura

Quero emancipar minhas tentações
E usurpar a umidade do beijo
Petrificando o olhar
Em teu embalar

Quero ser um arquiteto
Desenhando a planta de teus lábios
Calculando a medida de meus desejos
Para o maior de teus beijos

Abraçar metáforas
Acariciar teu intimo secreto
Apertar, abraçar, chegar perto
Asfaltar tua silhueta com o concreto do amor

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 2 de abril de 2012


AGONIAS SOB O CREPUSCULO

Caricias em silêncios
No prodígio do crepúsculo
Como um rio que grita e derrama
Entrando a convulsão em propulsão

Queimando como um incêndio de ganâncias
Uma essência de espinhos em flor
Respirações sufocadas
Odor de plenitudes

Angustia silenciosa e secreta
Como metal em fogo
Insensata, invulgar
Emoção no plural

Um hino de luz na paisagem
leve miragem
Castidades queimadas
neste fulgor em forma de fogo
Doçura fugaz da maçã

(Orides Siqueira)