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quinta-feira, 31 de outubro de 2013





     CAULES E RAÍZES

Chegas
Sacudindo minhas certezas
Desnudando-me como arvore de outono
E logo
Abrigo em teu solo
Minhas correntezas
 
Multiplicas o pólen das flores
Pelos trilhos da vida
E neste vai e vem de cores
Freqüento
As quatro estações
 
Adentro raízes
E as folhagens
Tremem
  
     (Orides Siqueira)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

As mentiras
Do Pinóquio
Foram desmoralizadas
E viraram lamento
Por não poderem
Concorrer com os políticos
Que são mentirosos com muito mais talento
     
          (Orides Siqueira)
MARCAS

Um bar
Uma cerveja
Picadinho de queijo
Com sabor de beijo
Uma televisão no canto
E um soluço sem pranto
   
Escutando conversas
Um olhar disperso
Dedos num bailar
Uma inundação de paz
Em silencioso respirar
   
Como um ginete que caiu do cavalo
A tudo ouço e me calo
   
       (Ortides Siqueira)

 

    ASSIM SOU EU

Pensativo
Brilhante e obscuro
Perfeccionista e ocioso
Digerindo decepções
Sem celebrar triunfos
 
Uma alma de poeta
Em uma vida aburguesada
Na estreita de baixos vôos
Hesitante e teimoso
Com idéias fixas
 
Incrédulo pertinaz
Com relâmpagos de fé
Procurando verdades
Para encontrar o sentido
Da existência
 
Apaixonado, febril e frio
Hermético e transparente
Uma palavra que defina

Contraditório !!!
  
        (Orides Siqueira)
O LÚCIDO

Psiu
Não fale alto
Estou sonhando
E cavalgo um jacaré que relincha
Enquanto masco chiclet
 
Se acordar
Vou enxergar
A lucidez
 
E ta cheio
De incendiários
Queimando idéias
Com palavras
 
      (Orides Siqueira)

sábado, 26 de outubro de 2013

   VERSOS  SIMPLES

O verso mais bonito
E aquele
Que se forma com a respiração
Cada ponto, cada virgula
Cada interrogação
Cada silencio
Enquanto buscas  a inspiração
 
A poesia mais gostosa
É a que vai formando seu nome
Entre verbos e pronomes
Cada letra, cada silaba
Cada entonação
 
E vai  fazendo seu ritmo
Nas batidas do coração
E sem que a pontue
Cria a exclamação
  
   (Orides Siqueira)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Deus
Encarrega
As piores batalhas
A seus melhores soldados
  
      (Orides Siqueira)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ESPÍRITO DO AMOR

Em giros formas e modismos
Cheio de mistérios
Entre a alma e o corpo
Usando a relação
Da sedução
 
Sou este ser sem noção
Embriagado com o perfume da flor
Na mais perfeita comunhão
Com a filosofia do querer
Com formação na academia de ciências do amor
 
E com a experiência de pós-graduação
Em coisas do coração
Dou meu veredicto de conclusão
Que a paixão é um espírito do amor
Em constante evolução
    
        (Orides Siqueira)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

APARIÇÕES

Agora entendi
Porque em aparições
Sempre aparece uma virgem
Com uma criança no colo

Nunca
Um santo Homem

Explico
Os homens
Estão ali representados

Porque os santos homens
Foram quem fizeram
As crianças que alas trazem
  
      (Orides Siqueira)
Se te apedrejarem
Não liga
As pessoas
Sempre fazem isso
Com os frutos mais altos
         
       (Orides Siqueira)

   A ALMA CHOROU

Silencio
Que a alma chora
Perdida no amanhecer

Hoje á vi despenteada
Que alucinadamente chorava
Porque em seu leito conjugal
A noite cobriu de espinhos 
Aquela rosa branca
Que sem o orvalho se suicido
 
É a alma chorando
Recolheu-se
Entre os sonhos e os anseios
E neste reino de sonhos onde habita o amor
Suas lagrimas viraram a mais bela flor
Uma rosa vermelha a transbordar sua cor
  

          (Orides Siqueira)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Queridos
Otimistas,Pessimistas
E realistas
Enquanto
Os senhores
Estavam discutindo
Sobre o copo dӇgua

Eu o tomei

MUITO PRAZER
O oportunista

(Orides Siqueira)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

  METÁFORA DO AMIGO

Does amigos
Caminhavam juntos
E iniciou-se um desentendimento
E um agrediu o outro
 
O agredido
Escreveu na areia
Hoje meu melhor amigo agrediu-me
 
Seguindo em suas caminhadas
Foram banhar-se no riu
E o agredido começou a afogar-se
Logo de imediato o antes agressor o salvou
 
E o salvado
Escreveu em uma pedra
Hoje meu melhor amigo salvou minha vida
 
E o amigo que o havia salvado
Indagou... antes te agredi escrevestes na areia
Agora te salvei escrevestes na pedra
Porque....
 
E o outro respondeu
Quando nos agridem devemos escrever na areia
Para que o vento do perdão o leve
E quando somos ajudados devemos escrever na pedra
Para que nem um vento carregue
  

          (Orides Siqueira)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MENTIRAS OU VERDADES

Nos versos
O que não tiver nós botamos
Fazemos e desfazemos
E caprichamos

Inventamos amores incríveis
Ressuscitamos fantasmas
Soterramos psicotrópicos
Saudades e misérias
 
Em versos temos o que queremos
Mentiras inteiras
Ou meias verdades
Desejos em diferentes modalidades

Vimos
Incêndio no farol
Ou um louco
Querendo botar o pênis no formol
   
       (Orides Siqueira)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

CARAMUJO  DESAJEITADO

Não me procures nas praças
Nem em estações de metro
Na hora do café
Não estarei
 
Se queres devolver-me
O “Compendio sobre egoísmo”
Que te emprestei
Não te preocupes porque de cor eu o sei
 
Talvez tu não saibas
Mas em dias como hoje
Viro um caramujo desajeitado
Busco refugio no silencio e espero deitado
 
Incapaz de qualquer reação
Fico escondido entre a luz e a razão
Para conversar a sós
Com o coração
  
         (Orides Siqueira)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

CLASSIFICADOS
“Procura-se”

Homem inculto
Procura mulher dependente

(Orides Siqueira)
Apagarei
Todos os vestígios
De inteligência
Antes
Que os hipócritas procriadores do inculto
Com impurezas genéticas
Infectem  
Meu intelecto
 

       (Orides Siqueira)

domingo, 13 de outubro de 2013

VIVA OS LOUCOS

Os loucos
Não sabem o que dizem
Terra dizem mãe
Mãe dizem ternura
Ternura chamam de entrega
 
Tem uma confusão de sentimentos
Que os lúcidos
Chamam de loucura
E eu de ternura
  
     (Orides Siqueira)

sábado, 12 de outubro de 2013

Tenho
Três  sonhos
Neste  mundo
Justiça e igualdade
Que a fome se erradique   
E um outro
Que
Não precisasse com estas coisas sonhar
   
            (Orides Siqueira)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sinto
Um aroma de rosas
Entre um vaivém de tulipas
Com beijos  e sorrisos das açucenas
Galopando entre  violetas
  
        (Orides Siqueira)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PASSAGEIRO DO TEMPO

No hangar de uma estação
Do tempo
Esperando o trem do destino
Uma mala quase vazia
Esperando que chegue o trem
Para levar-me a outras estações da vida
 
Nada levo desta
Alem de lembranças de beijos
Entregues sem receitas
Entre feridas cicatrizadas
Frascos de cristal
Onde guardo aromas
De amizades deixadas
 
Uma lanterna sem pilha
Que iluminava os caminhos
Um caderno sem escrever
Por não ter nada a dizer
   
       (Orides Siqueira)
CRAPULA

Como vai ser
Quando
Sentires vergonha
Do teu próprio currículo
Ou quando a igualdade
Chutar os fundilhos
Da moral pré-fabricada
 
Perderas
O discurso de conformismo
Ficaras com insônia
E sem trabalho renumerado
Não terás amigo do teu lado
Cataras lixo
E serás mais um favelado
    
       (Orides Siqueira)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

SEXO

Em um segundo de tremulo silencio
Fundem-se as entranhas
Em substancias
E todo delírio se faz presente
Em manifesto
Da melodia do prazer
 
Uma conjunção da matéria
Com a essência
Em busca de horizontes
Que se inundam de desejos
 
Dança atávica
De sinfonia ancestral
Entre o amor e o carnal
 
Envolvente
Viagem ao infinito
Herança dos primórdios ancestrais
Entre gemidos de paz
Em territórios sem jaulas
  
     (Orides Siqueira)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

  PASSAGEM

Somos  Lunáticos
Que pensamos ser terráqueo
E enquanto espíritos
Seremos espaço
 
E mesmo que o infinito
Globalize-nos
Seremos unos
 
A luz passa
Passou o ontem
Passará  o hoje
E o amanha passará

E quando formos
Transcenderemos a fronteira
E passaremos
 
E  um tempo
Seremos espaço
E  transpassaremos
Como lunáticos terráqueos
 
    (Orides Siqueira)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

FOME

No livro do tempo
Em uma folha em branco
Leio um texto sem titulo
Em letras escuras
Fome
 
Pessoas
Sendo exterminadas  
Absurdamente
Pela fome
Esta doença sintomática
E que tem nome
Fome, fome e fome
 
Tu sempre tu
Miserável fome
Pandemia universal
Amplamente divulgada
E pelos políticos tão explorada
   
     (Orides Siqueira)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

  SALVE, SALVE  MULHER

Flor da vida
Luz da existência
Essência e beleza por excelência
 
Fonte de ternura
Dignidade e doçura
Simplicidade e beleza em movimento
 
Irradia e seduz
Embeleza e conduz
Ser geradora de luz
 
Emoção provida da razão
Divinizada em canções
Balsamo aos corações
 
Símbolo, seria e paciente
Versátil e experiente
Trabalhadora,mãe, sabia e presidente
 
Forte e ousadas
Sensíveis e delicadas
Salve,salve mulher amada
   
    (Orides Siqueira)
 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Mercadores de Utopias

É possível
Que por entre os dedos
A paciência venha a me escapar
Mas entre eles ficará o limo da liberdade
 
Que já não suporta  mais
Políticos mercadores de utopias
Amputadores de ilusões
Que nos governam
 
E a camada de acomodados
Que os sustenta
Adeptos confessos que não querem saber
Não entendem nem querem entender
 
Fica aqui o meu grito dos indignados
Deste louco fazedor de versos
Que vive
Com desgarrados gritos  mutilados
Entre fomentos e  favelados
  
    (Orides Siqueira)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

DISMISTIFICANDO AS MUSAS

Minhas musas
Não tem belas pernas
Nem rostos arredondados
São trombadinhas e pobres coitados
Vagabundos da estação
Loucos bêbados  sem noção
Que criam inspiração
 
Minhas musas são
A decadência do ocidente
Políticos, larápios e indecentes
Qualquer acontecimento no continente
 
Minhas musas não fazem bocas nem caras
Nem necessariamente são bonitas ou raras
Vivem em  vilas ou cidades
Não precisam de notoriedade nem voz
São um entre muitos, qualquer um de nós
Nem obrigatoriamente são celebridades
Porque sou poeta
 Escrevo mentiras travestidas de verdades
   
        (Orides Siqueira)