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domingo, 29 de março de 2015

TRAIÇÃO
É um arco Iris de luto
Dedos órfãos de mão
Uma mão gelada
Emergindo mutilada
 
É recesso
Do  retrocesso
Atrapalhando sorrisos
Como uma web
No pensamento camuflada
Uma adaga fincada
Na espinha dorsal dos sentimentos
 

             (Orides Siqueira)

sábado, 28 de março de 2015

PECADO

Não quero
Ser
Nem livre
Nem ocupado
 
Quero
Os prazeres da carne
E viver no pecado
 
     (Orides Siqueira)

  

sexta-feira, 27 de março de 2015

MORRER DE AMOR

Não quero
Passear de mãos dadas
No jardim

Quero
Um amor
Que morra por mim
 
Por que
O amor quando não morre
Mata

E....
Amores que matam
Nunca morrem
 

         (Orides Siqueira)

quinta-feira, 26 de março de 2015

AMOR  LOUCO  AMOR

 
Se existir
Alguém
Que te ame  mais que eu
Apresenta-me

Que
Quero
Cumprimentar...
 
Antes de matar

 

             (Orides Siqueira)

terça-feira, 24 de março de 2015

OS CÃES SÃO PAIS ADOTIVOS

Os cães
São pais adotivos
De pessoas solitárias
Os adotam
Levam-lhes para passear
Três vezes ao dia
Levam os aos parques
A trocar olhares
Com outros congêneres
Impedem
Que lhes maltratem
E na possibilidade de algum mal
Rosnam e latem


        (Orides Siqueira)

  SONHOS DESCALÇOS

Minha cadeira
Esta vazia
Para  que sentem
Os sonhos descalços
 
E os pensamentos
Caminhem nus
De encontro ao vento
Pelas ruas da alma
 

         (Orides Siqueira)
SONHO MASCARADO

Quando me vires
Caminhando só
Não, não estou só
Existe um sonho mascarado
Caminhando a meu lado
 
Um sonho silencioso
Que me leva pela mão
E quando ninguém me da amor
Ele abraça-me e da calor
 

          (Orides Siqueira)
ANGULOS E CONVEXO
  (curvas e superfícies)

Quero viver
Sem regras
 
E escrever  ternura
Nestes surcos que abro no papel
Para que quando estiver triste
Entrincheire-me neles
   
E ...
Entre o corpo e o suor
Deslize
Entre
O ângulo e o convexo
Com suspiros e palavras sem nexo
 

             (Orides Siqueira)

domingo, 22 de março de 2015

CUIDADO

Vestir
Um palhaço de Rei
É usar velhos nós
Em corda nova
 
Estão
A oferecer corda
Quando precisamos de ar
  

         (Orides Siqueira)

sexta-feira, 20 de março de 2015

VISITA ILUSTRE

Entre o nada e o vazio
O tudo
Empapa-se de beleza

E...
Com pontos e virgulas versadas
Esmagada pela estética

Chega a poesia...
Versando deslizes de amores
E falando de flores
  


            (Orides Siqueira)

Hoje acordei triste com vontade de chorar não entendi, ai escrevi este poema e entendi.

Pai
Eras uma grande figueira
Que davas amizade e sombra
Por isso quando a morte te levou
Dei-me conta que não tinha abatido um homem
E sim uma arvore

Quedeixou raízes
  
             
Parem com  isso
Ou então
Vamos ter que eleger
Seres humanos sem futuro
Ou vamos ter um futuro

Sem seres humanos  (Ditadura)
  
           (Orides Siqueira)
Cuidado
Não cruzem
Os dias sem olhar
O futuro pode atropelar
 
         (Orides Siqueira)

quinta-feira, 19 de março de 2015

ENTRE OS ENTRES

Cortejando ângulos
E falando em pensamento

Do lado de fora da imagem

Escalo teu corpo com meus olhos
E nossos olhares se encontram
E entre desejos
Copulam

 

           (Orides Siqueira)



   ESSÊNCIA DA FLOR

Entre o nada e o vazio
O tudo
Empapa-se de beleza
 
E...
Com pontos e virgulas versadas
Esmagada pela estética
 
Como um botão
Desabotoado
Em um casaco floreado

Chega a poesia...
Versando deslizes de amores
E falando de flores
  

            (Orides Siqueira)

segunda-feira, 16 de março de 2015

LEVE DESLIZAR

Bailes em silencio
Bocas em tempestade
Uma marca, um reflexo
Um sorriso que voa
 
Beijos
Sem bagagem
Ar carregado
 
Um fio quase nu
A ser
Desnudado

Uma estrada de suor
Um mar a ser navegado
    

           (Orides Siqueira)
ESTAÇÃO DE TREM

Nunca gostei de aeroportos 
Tão cheios de gente

Tão sem ninguém.

Prefiro as estações de trem
Lá não tem tanto vai e vem 

  

           (Orides Siqueira)

DESCONHECIDOS  ÍNTIMOS

Somos desconhecidos
Andando em baixo de arvores sem folhas
Passando a mão na bunda da vida
 
Querendo vingar a morte do dia
Encarcerando a noite

Um murmúrio bêbado
Que fica lendo o silencio em voz alta
E procura versos
No ninho das palavras
 

        (Orides Siqueira)
SEMEADOR DE VERSOS

Encho de versos
O universo
Para que habitem a eternidade
Mesmo depois da morte das minhas palavras
 
E pode ser
Que o espírito
Contemple a silueta da rosa
Vestida de pétalas

Enquanto
De algum lugar
Tento engravidar a alma
Com beijos ausentes
  

      (Orides Siqueira)


     FEMININA E SINGULAR

Não aceito ser notas musicais
Já escritas
E inventadas
Com letras minúsculas derramadas

Conhecendo-me
E reconhecendo-me
Como um tic tac de um relógio
 
Assim
Não
Não quero

Tento chegar a um aplicativo
Ou talvez um gênero
Que leve-me
A algum lugar
Sendo esta mulher
Feminina e singular
 

       (Geórgia Siqueira)
TÉTRICOS DESEJOS

Minhas marcas
Recorrem teus labirintos
   
E é nestes labirintos
Onde
Viajam
Meus tétricos desejos
 
E entre rumos
A essência
Nasce
Num borbulhar de gemidos
 
E é quando
O amor e a vida
Emergem
E caímos rendidos
Pelo prazer
  

       (Orides Siqueira)

Voto em quem eu quero e apoio quem ganhar Torço para os governantes acertarem Gosto do meu Pais, meu Estado, Minha cidade E torço para quem governar acertar. Não existe partido mais ou partido menos ladrão Existe ladrão e tem em todo lugar.

terça-feira, 3 de março de 2015

 O ICONEXO DO NEXO

Não quero abraços
Nem falsas olhadas
Menos ainda beijos com som
Que logo fiquem mudos
 
Não quero o perfeito
Nem o roto
Onde se rompam as palavras
Em longas estradas
E  os versos não digam nada
 
Não quero muitas taças
Sem nada dentro
Por viver no imperfeito e iconexo
O conheço
E acho que a loucura ta cheia de nexo
  

          (Orides Siqueira)

  
       
VÔO CEGO

Pervertestes meus lábios
Mudastes meu olhar
Que hoje
Viaja
Entre aromas e incensos
 
Nesta louca estratégica
De querer
O impossível
Viajas nesta tresloucada viajem
Sem respeitar os limites
Da coragem
  

         (Orides Siqueira)
TEU POUSO

A alma
Abraça-te
E a boca te beija
O tempo te espera
E o verso te leva
 
O infinito te alcança
E posas em mim
Com palavras nas mãos
Para encher minha pagina em branco
 

           (Orides Siqueira)
CAVALEIRO DO AMOR

No meu coração
Ouço relinchar
O cavalo de Cervantes
Coloco a armadura de Quixote
E com minha espada
Acerto o amor
 
Por que
Amor com amor se paga
O problema
É que o troco
Pode ser a vida
E viver sem amor
É o mesmo que morrer sem alma
  

        (Orides Siqueira)

domingo, 1 de março de 2015


      SAUDADE

Sem cor nem sabor
Entre ecos não gritados
 
Meus olhos rastreiam
E tudo se funde

Procuro mas não encontro
Pergunto
E meu cérebro  guia-me a duvida
 
E neste contorno da saudade
Virei natureza  morta
 
 
         (Orides Siqueira)

  

FRANQUIA DO OLHAR

Um par de olhos
Viajam
Sem cansaço
Embora  a janela
Mostre-me
Sempre a mesma foto
Eu o franqueio
Ao horizonte
Tateando com as pálpebras
Campos em flores
E viro pássaro
Voando
 

       (Orides Siqueira)
Não
Podemos mais
Brincar de guerra
Sem que a guerra nos habite
E se não me procuras
Não brinco mais
 

       (Orides Siqueira)