Total de visualizações de página

sábado, 26 de abril de 2014

PENSAMENTOS EXALAM 

Que dizer
Quando me interrogas
Pensamentos não falam
Eles somente exalam
Com olhares
Alem dos pensares

E serão sempre
Habitat de palavras mudas
Audíveis por premonições surdas
Sem lógica
Nem claras
Que dizem o que exala
Porque o pensar não fala

(Orides Siqueira)
SUBMUNDOS 

Existem outros mundos
Mas estão todos aqui

Insípidos, inodoros
Sem-tetos
Leigos e analfabetos

Letrados
E abonados

Somos
Como maquina
De cartões magnéticos
Programados e conectados

Vivendo amontoados

Em um mundo
Onde tudo tem seu preço
Para quem não conhece valores

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ATIREI E PONTO........

Atirei a primeira pedra
Porque negar
Não só a primeira
Mas a segunda terceira e outras
Não só as lancei
Mas também lavei as mãos

E faço isso sempre
Recuando para limpar as mãos
Não estou livre da culpa
Nem conheço ninguém que esteja
Não, não sou hipócrita
Sou limitado
Não conheço alguém que nunca tenha atirado

Também não foi por acidente
Nem por capricho
Só atirei e atirei simplesmente
Em quem......
Não sei
Porque......
Ainda não me perguntei

(Orides Siqueira)
ENTARDECERES

Nutro-me de entardeceres
Essa melodia decrescente
Seduz-me
Por ser 
Algo palpável
Mas alem do imaginável

Como um sussurrar adolescente
Que vai tomando conta do ambiente

Chega devagar
E vai tornando seu ......
Os espaços
Com toda sua quietude
Realiza o sonho
De guardar o dia em formol
E apagar o sol

E com sua linguagem singular
Convida-nos a rememorar
A suavidade lunar

(Orides Siqueira)
VIDA MADRASTA

A pouco tempo 
Na sombra dos sonhos
Queria coisas inatingíveis

De repente
As correntezas
Levaram sua memória
E o pensar
Divorciou-se do tempo

E as pulsações
Enredaram-se na memória
E o tempo esqueceu sua historia

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

GUERRA DE UM POETA

Sou teu meridiano
E teu paralelo
Em um mundo de abismos
Que se levanta em versos
E avança em poemas
 
Lutando
Por um mundo
Mais humano
Com um fuzil de palavras
Curando karmas
E unindo coincidências
    

        (Orides Siqueira)

sábado, 19 de abril de 2014

Hoje aniversario da minha filha querida Centro do meu Mundo, filha querida o pai te ama muito beijão amorzão do pai, e abaixo resolvi publicar algumas poesias desta grande poetiza

     GEÓRGIA

Quero ser
O cavalheiro armado
A defender tua inocência
Um potro indomável
Que te deixa a descendência
 
Não peço
Que corras atrás de uma estrela cadente
Nem que para ser bela
Seja uma mera caricatura
Mas te peço que sejas  gente
E uma bela figura
 

      (Orides Siqueira)
   AFETO

Tentei
Maquiar meu coração
E brotou a tinta
Em mim
 
E derramei lagrimas pretas
Enlouqueci
Fiquei totalmente sem noção
E perguntei a um monge
Que aconteceu
E ele
Em sua sabedoria falou
Tentaste maquiar a emoção
Censurastes os sentimentos
E deixastes o afeto ao relento
  
    (Geórgia Siqueira)

   
   ABRAÇADA

Quando
Abraçam-me
Sinto-me cheia por fora
 
Como uma flor
Em coloração
Cheia de ar
E transbordando o coração
 
E algo parecido
Como um aperto de mão
Com muito mais essência
E  extrema proporção
 

    (Geórgia Siqueira)
      A INCOMODATIVA

A boazinha me irrita
A “zonsa”
Ou a songa monga
Me assusta
É uma disritmia
Que pode virar psicopatia
 
Não faço tipo
Nem gosto
De me acomodar
Prefiro ser real
Incomodativa
E incomodar
 
Sou doce até azedar
 

   (Geórgia Siqueira)
A COISA E A OUTRA COISA

Ela e aquela
A que sonha e a que tem sonhos
Vírgula e o ponto
Ou ponto e vírgula
 
A ilustre
E a canalha
O fio
E a navalha
 
A verdade
E a verdadeira

A coisa
E a outra coisa
Menina ou mulher
Aquela e ela
 
A louca e a loucura
A que não se trata
E a que não tem cura
  

   ( Geórgia Siqueira)
  ACHAR NÃO ME ACHO 
Ando por ai
Onde vou
Não sei
 
Me procuro
E não me acho
Mas o tempo
À
O tempo
Este
Pisa-nos e repisa
E nos faz capacho
 
Tento dizer
Quem manda
Versejo
Faço ciranda
 
Mas..
O tempo
É quem comanda
Manda e desmanda
  

   (Geórgia Siqueira)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

SÓ SOMENTE SÓ

Minha alma esta de vigia
Veste-se de verdade
E mesmo sem brilho
E ferida 
Rejeita fugas e suplícios
No silencio
Só, com a frustração
Refugia-se
Junto à besta do meu eu

E só somente só
Nesta batalha sem resistência
Sinto-me vazio
Como se fosse uma mãe
Parindo ausências

(Orides Siqueira)
MEU ESCUDO

Minhas estruturas
Rompem-se
Fico vazio 
Uma estranha esperança
Alimenta-se da duvida
E fica inundada de silêncios

Mas de repente
Um pensamento
Imerge
E fere de morte o egoísmo
E cessam todos os afãs

Por que
Só existe uma verdade
Improfanável
E a verdade que habita em mim

(Orides Siqueira)
A ALMA CHOROU

Silencio
Que a alma chora
Perdida no amanhecer

Hoje á vi despenteada
Que alucinadamente chorava
Porque em seu leito conjugal
A noite cobriu de espinhos
Aquela rosa branca
Que sem o orvalho se suicido

É a alma chorando
Recolheu-se
As lagrimas
Que viraram flor
Uma rosa vermelha a transbordar cor

(Orides Siqueira)
SEXO

Entre
O Mapa da pele
E o caminho 
Do desgoverno dos dedos
O planisfério do prazer

Deleite da desmesura
Entre linguagens carnais
Negociações
Do sacro com o profundo

Catecismo censurado
Com oração
Diária
De um ritual sem freio
Obsceno
Mas supremo

(Orides Siqueira)
LUZ HIPNÓTICA

És luz
Que em silencio
Proporcionas
Musica 
Aos meus ouvidos
Enquanto o roçar da pele
Aguça meus sentidos

E tento
Acariciar-te
Falar teu nome
Beijá-lo letra por letra

Com voz tremula........

E embriagado
Nessa luz hipnótica
Que emana de ti
Fico
Sem avançar
Nem retroceder

(Orides Siqueira)
RAIOS COLORIDOS

O olhar fica tremulo
Um raio de luz corta o ar
As luzes juntam-se e se fundem

Os átomos
Invisíveis do ar se incendeiam
O céu se desfaz em raios de ouro
A terra estremece
Ouço no ar ondas de harmonia
Barulhos de beijos
Bater de asas
Meus olhos se fecham
O corpo treme
Que acontece

Diga-me.....

Calma
Silencio.....
Sua majestade
O Amor esta chegando

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

MULHERES

Seja........
Musa,militante,mensageira
Pecadora, anarquista, heroína
Aprendiz, paciente ou justiceira
Amazonas
Amélia ou Maria
Alquimista, milagrosa
Humanista ou celestial
Maquiada ou ao natural
Dulcinéia ou Madalena.......
Será sempre
Mulher
Amada onde estiver

(Orides Siqueira)

terça-feira, 8 de abril de 2014

FALAR SEM VERBALIZAR

Não atendi tuas chamadas
Deixei 
Que a linguagem do silencio falasse 
Resolvi falar
Sem verbalizar


E agora aqui só com meus botões
Percebi
Minhas emoções
O sentir do meu pensar
Minhas aversões, minhas decepções
E mais uma vez
Evitei as palavras
E deixei o silêncio falar

(Orides Siqueira)
CARICIAS E SUSPIROS

Entre caricias e suspiros
Vou desejando 
Conscientes apetecidos
Entre tremores e gemidos proibidos

Exalação sem freios
Possuído
Como um mar enfurecido
Rugindo
E difundindo-se entre lábios adormecidos

Com a razão
E os sentidos obstruídos
Acabam em suspiros
Falidos, enfurecidos e coibidos

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

RECOMPOR-SE

Recompor-se
Sempre
Tem um preço
Porque cada lagrima
É como um Sul
Olhando para o norte
Um vôo de pássaros
Levando os sonhos

Mas....
O sofrimento
É o náufrago
E as marcas
O mapa

(Orides Siqueira)

sábado, 5 de abril de 2014

PROTAGONISTA

Buscar e rebuscar 
É só uma atitude

Sucesso e fracasso 
Têm a mesma identidade
O segredo
É só acabar com as expectativas do medo

E quando
Os pensamentos
Atingirem as barreiras
Do impossível
Parabéns
Atingistes o ponto de vista
E passastes a ser protagonista


(Orides Siqueira)
CATALETRAS

Queres cobrar a fatura
Mas estou sem credito
Por pagar
Abraços suicidas 
E lábios envenenados
Acabaram com meu saldo

Do amor
Só ficaram
Magoas amassadas
E por cair dos sonhos
As duas asas quebradas

Só restam
As protistutas das letras
Que de tão vulgares
Só juntam-se quando tenho algo para elas
E quando as quero
Fogem em zig-zag e gambetas
Transformando-me em cataletras

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

OVERDOSE

Um dia 
Saiu
Sem avisar
Provou aventuras
Lutou em mil guerras

Brigou
Com sua consciência
Perdeu batalhas
Ganhou misérias

E por fim
Desencorajado
Saiu do poço que habitava
E com seu grito
Acordou todos os anjos
Abriu as asas e voou

(Orides Siqueira)

terça-feira, 1 de abril de 2014

OBESAS E ANORÉXICAS

Tem tanta gente
OBESA de palavras
E ANORÉXICAS de cultura
Que eu já nem sei mais
Se sigo comendo
Faço dieta
Ou volto a escola



     (Orides Siqueira)