Total de visualizações de página

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

LIMITE DA LOUCURA
 
Enquanto
Vejo peixes morrendo de sede
Navegarei
A deriva
Multiplicando as impossibilidades
Onde tudo desacontece
 

          (Orides Siqueira)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

VENDE-SE A POLÍTICA

Vende-se a política
Desajuizada
E endinheirada
Fará parte do pacote
Uma lista
De “pseudo-s” idealistas
Não faremos leilão
E nem pensar em licitação

Produto
Para publico seleto
E numeroso
Oferece bolsa
À preguiçoso

Evita-se professor
É perigoso
E conspirador

Prega
A Cultura 
E a igualdade
Fala muito em liberdade



          (Orides Siqueira)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ENLOUQUECER

Contigo
Não quero Rio, Bahia
Buenos Aires
Nem paris
Quero só ficar
Pegar-te da mão
E guiar a onde ela jamais  viajou
Idas e vindas
Amor, insônia
Fazer
E refazer
Amor com muito prazer
Viajar
E enlouquecer
  

     (Orides Siqueira)
SILÊNCIOS DO PRAZER

Esse grito
Que escuto em silêncio
É o barulho dos teus cabelos
Cavalgando um carrossel de beijos 
A empurrar-me
Com o vento do teu corpo
As circunferências
Do abismo dos desejos
    

           (Orides Siqueira)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

AMOR PERFEITO

O amor
Complexo e perfeito
Renasce
Com a interferência do bom senso

Mas.....
O imperfeito
Mistura-se nas cinzas da evolução
E sensações enlatadas

E  é..........
Manipulador de emoções
Em seu mundo
Quadrado, imperfeito
E sem jeito
Cheio de  emoções plastificadas
Inundando-o
Com figurantes
Cheio de defeitos e nós
  

         (Orides Siqueira)
Educação
Isso
Pode ser perigoso
Trás dignidade
E é com cultura e educação
Que se chega a verdadeira liberdade
  

                (Orides Siqueira)

domingo, 26 de outubro de 2014

CAFÉ COM WHISKY

Tomo
Um café  adoçado
Com condimentos de idéias
Sem torradas teóricas
Nem egocentrismo
Apenas
Um cigarro
Nostálgico
E wisk sem gelo
E como o bom vagabundo
Sigo andando para trás
Se não ai nada a fazer
É nada o que se faz
  

     (Orides Siqueira)

sábado, 25 de outubro de 2014

HONRARIAS INSANAS

Ouço muitos
Falarem de bravos generais
Desses que enviaram
Pessoas para morrerem em suas guerras
E usaram sangue para ganharem galões
 
Vejo também
E cada vez menos
Homens velhos e cansados
Esses voltaram
Mas hoje cuidam carros
Juntam recicláveis
Vendem loterias
Porque é mais forte
Levantar estatuas  a mortos
Que cuidar
De homens que não querem morrer
   

        (Orides Siqueira)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

SALVE AS ELEIÇÕES

Benditas ferramentas
De comunicação
De grande extensão
 
Nunca foi tão possível
Interpretar o norte e o Sul
Mas
De repente
Temos dificuldade
Em reconhecer a verdade
E saber lidar com a realidade
Muito cuidado com o encerramento
 
Se não interpretar bem a regra
E não acertar o alvo
O bumerangue te pega

  

        (Orides Siqueira)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

domingo, 19 de outubro de 2014

PAZ E AMOR

Quero
Passear de mãos dadas
Chamar
A ficante de namorada
Sem obrigação de no sexo estar em dia
Quero ser sexual
E não atleta de academia
 
Quero lamber
A tampa do iogurte e me lambuzar 
Quero ser solidário
Não solitário
Sem me importar
Se vão dizer que sou babaca ou otário
Rir de mim mesmo
Falar sozinho
E andar a esmo
 
 

             (Orides Siqueira)

   O LOUCO DA PRAÇA

Sentado sempre no mesmo banco
Olhando o relógio da matriz
Sua mala é um saco
Cadeado um nó
Pertences
De um louco só

Amigos
Os caos, muitos, uma matiz
Vive a escrever poemas
Que guarda no saco
Ou nos bolsos furados
E vive a deixar poemas derramados
 
Olha a estatua
Arruma os cabelos
Como se fosse um galã
Desses de bela estampa
Mas....
Não sabe ele
Que ninguém namora a Santa
  

      (Orides Siqueira)
SALVADOR PLIEGO:
Mexicano, nacido en la ciudad de México. Con estudios en Antropología Social y una Maestría en Sistemas de Computación. Como escritor inició su carrera a finales de 2005 y desde entonces ha publicado los siguientes libros:
Poemarios:
Flores y espinas                         2006
Claro de la luna                         2007
Encuentro con el mar                     2007 – 2008 Libro I y II
Bonita… Poemas de amor                   2008
Libertad                                 2009
México                                   2010
Los niños                                2010
El libro de los besos                    2010
Poemas de amor y de bolsillo             2011
Arterias de la tierra                    2011
Crepitaciones                            2011
Letras del buen humor                    2011
Poemas de desamor y olvido               2012
Evocación de pájaros                     2012
Poemitas enamorados                      2013
Autodefensas comunitarias                2014
Felicidad                                2014
14 de febrero                            2014

Cuentos:
Los trinos de la alegría                        2006
Aquellas cartas de amor                     2008

Nada mais nada menos que um dos maiores poetas vivos a nível Mundial e que tenho o prazer de ser seu amigo lançando mais um livro “EL JARDINERO”

Las flores

-Jardinero, ¿cuántas flores hay en tu jardín?
-¡Muchas!
-¿Nunca las has contado?
-Todos los días, por la mañana.
-Entonces, debes saber la cantidad que tienes.
-No, solamente las clasifico: las que están dedicadas para alguien y las que no tienen
color.
-¿Las que están dedicadas para alguien?
-Es que las flores no me pertenecen. Verás, no tendría ningún caso que las flores me las
regalara a mí mismo. Se las dedico a alguien. Así se tornan más atractivas.
-…mmmm… ¡Yo las miro iguales!...
-No, las flores se miran según la intensión. Por ejemplo: quien las recibe con profunda
ilusión es porque piensa que un sentimiento le han regalado. Y más que sus pétalos, más
que todo el tallo junto, lo que pone en su jarro es un afecto. Eso es lo que mira una
persona en su flor, a diario.
-Creo entenderte… Bueno, ¿y las que no tienen color?
-¡Ah, esas son las especiales! Mira, a esta flor le voy a pintar un color.
-¿Puede ser el rojo?
-¡El color que tú quieras!
-¡Que sea el rojo, entonces!
-¿Y al rojo, qué color le quieres pintar?
-¿Al rojo?
-Si, al rojo.
-Pues… un amarillo, en su centro.
-Me parece bien. Le pinto el amarillo… ¿Le sigo?
-¡Por supuesto!
-En ese caso, a ti te la dedico.
-¿En verdad es para mí?

http://salvadorpliego.wordpress.com/2014/10/13/el-jardinero/

sábado, 18 de outubro de 2014

Partido
É como pênis
Tudo bem que se tenha um
Mas não se pode ficar enfiando a força
        

                     (Orides Siqueira)
ENTRE AS PERNAS DA RUA

A noite abre as pernas
Abraça e beija
E te mostra os caminhos
E entre os brilhos e o universo
Um cão grita em pânico suas saudades
E um homem late sua angustia
Entre uma e outra garrafa de aguardente
A rua esta só
E os sentidos
Encontram-se tocam-se e beijam-se
Enquanto o silencio esquece a doçura
Nas esquinas deserta e nuas
  

             (Orides Siqueira)

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O TRANSE DE ESCREVER

Quando cai a ultima letra
Paramos
Entre silêncios profundos
Procurando no alem palavras de efeito
E nesse momento
Sentimos que o texto não é mais nosso
Somos apenas um leitor de luxo
Um mágico
Exibindo
Magias 

Sentimo-nos  na estação
Chegando de uma viajem
Do mundo da ilusão
Habitado por infinitas sensações
Depois de atravessar
A nado
O mar das emoções
Parindo utopias
  

        (Orides Siqueira)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PARTILHAS DO AMOR

As verdades eram completas
Até que um dia
As herdaram
E fizeram partilhas
E cada herdeiro ficou com sua parte
E passaram  a serem chamadas de mentiras
E a parte que se sobrou
Virou flor
E chama-se amor
 
  

(Orides Siqueira)
O SUICIDIO DO POEMA

Tropecei
Em um poema caído
Sem nome nem autor
O encontrei caído em uma calçada
Molhado e embarrado
Cheguei perto
E o levantei com cuidado
Para que as palavras que ali estavam
Não se desintegrassem
 
E ao ler
Compreendi
Que se tratava de um poema
Suicida
De um amor proibido
Que nunca foi
  

       (Orides Siqueira)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

ENTRE OLHARES
 
Vimo-nos
Como sempre
Queremos ver-nos
E como sempre
Não podemos estar juntos
Em um olhar
Com o amor materializado
Num fitar
 
Mas
Só isto
Vimo-nos
Imaginamo-nos
Sonhamo-nos
Tão nítido tão voraz
Assim
Vendo-nos
E...
Perdendo-nos
  

      (Orides Siqueira)
BEIJOS E PÊSAMES

Quando
Não mais me quiseres
Comprar-me-ei flores
Irei ao meu funeral
E dar-me-ei os pêsames
Olhando nos meus olhos
     


            (Orides Siqueira)

domingo, 12 de outubro de 2014


    RECICLEI MEUS VERSOS


Libertei as musas
Vendi a camiseta do colorado
Fui no shopping
Comprei azeitonas e wisk falsificado
E vendi os livros de Paulo Coelho
Eram tão ruins
E pouquíssimos 
Que não consegui comprar um do Veríssimo
Troquei  uma noite escura
Por uma lua cheia
Em fim
Comprei vontades novas
Para um coração velho
  

        (Orides Siqueira)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

RECEBER OU DEVOLVER

O Sr. Destino
Faz as entregas a domicilio
E para receber
Chama-se
 
Então
Respiro fundo e digo
Nem contigo
Nem sem ti
Contigo me matas
Sem ti
Eu morro
  

      (Orides Siqueira
DESERDADOS  

Com uma esperança anã
Perde a vida
Pelos caminhos
Procurando “os porquês”

Luta sem respirar
Dos seus lábios desertou o sorriso
Nunca soube o que é sonhar
Não lhe ensinaram que a vida
É mais
Que perambular
 

      (Orides Siqueira)
GRITO CALADO

Em cada esquina
A alguém gritando calado
Silenciado pelo sentir
Lutando para vencer sem saber o que
Fundindo pela impotência
E freado pelas circunstancias

Suas pernas esqueceram os passos
E a esperança naufragada
Afogou-se
E ali esta
Ancorado no tempo
E encarcerado na própria historia
      

             (Orides Siqueira)
SORVENDO O  MATE

O morro da erva
Uso como trincheira
A bomba
É espada cravada na coxilha
Apontando á água a trilha

E seguro a cuia
Como um seio moreno
Sem importar se é grande ou pequeno

Essa herança da tribo quíchua
É melhor que qualquer chá
 
Sem saber se é loira ou mulata
Beijo esse lábio de prata
E nesse
Sabor selvagem
Em meio a prosa e beberagem
Repenico
A boca assim
E o chiado indica
Que o mate chegou ao fim
  

       (Orides Siqueira)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PERFUMES DA PELE

Como um peregrino assíduo
Um anarquista
Fazendo grafites com os lábios
Fui Condenado
A ser este
Dependente dos perfumes da pele

E ando a perambular
Por entre ruelas e luzes
A chorar amores
Foram tantos
Que choro só para chorar todos
  

         (Orides Siqueira)
CICATRIZES CALADAS

Perco-me
Em realidades palpáveis
E sonhos não recomendáveis
 
E nessas
Cicatrizes caladas
Ouço um silencio ensurdecedor
Que quanto mais fujo
Mais
Aproximo-me
 
Como quem
Procura
A felicidade
Duvidando de quem a encontrou
  

          (Orides Siqueira)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

ECOS EQUIVOCADOS

Entre o opaco
E o brilho do por do sol
Asfixiado com ecos equivocados
Perambulo entre palavras nuas
E o coração em ruínas

E entre erros táticos
Sinfonias de medos
E estratégias baratas
Renego
Minha roupa de super herói
Por ter perdido a bussola do sorriso
   


          (Orides Siqueira)
CORPOS NA AREIA

Quando
As ondas baixaram
As veias falavam
O aroma se sentia
E a pele se estendia
Éramos dois corpos na areia
Num santuário de sonhos
Eu era teu escultor
A esculpir o amor
  

       (Orides Siqueira)

   PROVAR DE TI

Deixavas-me provar
Entendia teu anseio e obedecia
E.....
Atravessavas-mo a boca
Para chegar a o coração
Entre ruídos e louvação
 
Era a tinta
E tu eras a tela
E misturava-nos em cores e aquarelas
Brincavas-mos e sabíamos brincar
E olhava-mos incrédulos
O que nós dois fazia
  

       (Orides Siqueira)
LIVRE E LOUCA

Mulher
Nem submissa
Nem devota
Te quero linda livre e louca
 
Gosto
Quando me engoles com  os olhos
Aperta num piscar
E morde com o olhar
  

         (Orides Siqueira)
SACOS DE FELICIDADE

Não posso
Viver sem ti
E se posso
Não quero

E sem dizer mais nada
Te pego pela mão
E divido
Pequenos sacos
De felicidade
 

      (Orides Siqueira)
QUERO-TE
 
Questiono-me
Por que
Caminhar sem ti
Em que lugar do caminho  te perdi

Vem
Da me
Mesmo
Que sejas parte das minhas feridas
Tira minha dor
Asfixia
O  eco da minha agonia
Noite e dia
Sem ti
Estar vivo já não é nada


       (Orides Siqueira)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MUTILADO

Não posso voar
Entre os galhos da vida
Cego de beijos
Esquecido pelas caricias
Em um mar de nostalgia
Sem que ninguém o abra
Para  passar
 
Passei a ponte das promessas
E o tempo não estava lá
E aqui estou
Afogado, amarrado
E mutilado
Vagando entre as lembranças
Tentando falar
Com meu surdo sofrer por amar
  
        ( Orides Siqueira)

  

sábado, 4 de outubro de 2014

RUGAS

Essas marcas
Que cruzam rostos
São paginas de lagrimas e risos
Escritas pela alma
  

        (Orides Siqueira)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

ANDANDO EM CIRCULOS

Tem um Deus estranho
A olhar-me fixamente
Fazendo-me andar em círculos
Fundir-me em versos
E fingir progresso
 
E esse meu herói de ficção
Interpreta mal meu olhar
E meus braços calados
Abraçam  tão forte
Que o ar foge
Atordoado
A bordo das circunstancias
  

       (Orides Siqueira)
POEMAS ENJAULADOS

Sou pássaro
A picotar sonhos
Viajando nos braços do vento
Contra a vontade das nuvens
Que se empilham
Nas esquinas do céu
E quando estou lá
Estou aqui
Voando descrente
Ao ver poemas enjaulados
  

        (Orides Siqueira)