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quinta-feira, 30 de junho de 2011


CRUCIFICADOS E EXECRADOS

Todos nós diariamente somos crucificados
Com mais ou menos efeitos somos execrados
Por nossos amigos, outras por o desconhecido ao lado
Sentimos a imagem da dor e somos desconsiderados

Nem por isso viramos mártir ou somos santificados
Teme-mos a indecência, escondemos nossas intenções
E por incrível que pareça também ficamos cercados de ladrões
Somos gananciosos e lutadores obcecados

Contemplamos o mundo e consuma-mos nosso sacrifício
Independentemente de idéias ou oficio
Somos eternamente dependente de nós mesmos
Somos solitários rodeados de gente falando a esmo

Se vamos rezar somos acusados de assassinato
Sem conhecer nossos genitores nos chamam de filhos ingratos
Somos julgados como a palmatória do mundo
Cobriram nossa nudez , mas desnudaram nossa estupidez

Semearam um imenso abandono
Nos fizeram reis, mas queimaram nosso trono
Somos compassivos, observadores, ordeiros
Mas alguns para vencer usam sangue de cordeiros

(Orides Siqueira)

terça-feira, 28 de junho de 2011


FRACASSADO

Não me pergunte quem sou
Não posso dizer nada
Sou um segredo da verdade
Um solavanco da realidade

Do amor eu sou uma fraude
Uma voz consumida
No peito uma falta de energia
Um porto onde não chega a alegria

Sou a pedra do tropeço do bêbado
Um deserto em mim, sede sem fim
Um sonho em mil sonhos do passado
Delírios de um louco desorientado

Sem vergonha, sem medo e sem direitos
Sou uma alma presa, um poço de defeitos
Sem espaços nem ideais
A mim sobram insultos e coisas nada formais

Tenho preguiça sou como um cão sarnento
Vitima de opressão cruel, recheada de sofrimento
Não tenho doce, muito menos sabor de mel
Sobraram angustias e gosto de fel

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 27 de junho de 2011



SORRISO

O sorriso é assinatura expressiva do amor
O fardo do amor é serio, o sorriso é o mistério
Ele é o amor exteriorizado como a flor
A sombra do sorriso também nos faz sentir calor

Um sorriso para abençoar os caminhos do olhar
Nas entranhas do coração o sorriso vai morar
Como uma veste, uma pele
Uma montanha uma bola de neve

Um grito em silencio
Não se cala, nem se explora
Um segundo de sorriso perdura por a vida a fora
O sorriso enriquece pensamento, acaba com sofrimento

Quero que seu sorriso se perca nos meus
Quando meus lábios encontrarem os teus
Meu reino por seu sorriso encantado
Sorriso que se afoga num gostoso beijo molhado

Um sorriso é uma porta sem tramela
Que se abre nos olhos dela
Deixo de viver se faltar
Um sorriso um olhar

(Orides Siqueira)

sábado, 25 de junho de 2011


MACONHA PARA O EX-PRESIDENTE

Maconheiro aqui agora virou celebridade
Tem até político fora da mídia querendo notoriedade
Esqueceram que droga é o troféu da derrota, nunca prazer
Maconha, marijuana, cannabis, sensimilla, faz pessoas morrer

Ninguém precisa de droga para viver
Precisamos sim de educação e profissionalização para sobreviver
Um ex-presidente defendendo de droga a liberação
Quase morremos de tristeza quando lembramos que ele já foi chefe desta nação

Um político com 80 anos pedindo liberação da maconha
Meu senhor nós Brasileiro do senhor temos vergonha
Se quer sair do ostracismo e ganhar notabilidade
Escreva um livro, mostrando como tirar este mal da sociedade

Fala uma tremenda bobagem e nem se acanha
Estão nivelando por baixo o que deveria ser uma façanha
Senhor não envergonhe seus eleitores
Se elegeu e reelegeu, já chega, não nos traga mais dissabores

(Orides Siqueira)

domingo, 19 de junho de 2011


POETA

Um estranho incorporado no coração de muitos
Direto na cara o triste semblante
De um espaço em branco ou um raro viajante
Vive de sonhos este eterno pensante

Fechado em um mundo livre e aberto
Um homem simples, calado, quieto
Cada dia vislumbra um espetáculo na mente
Senhor das palavras, sábio e paciente

Silencioso,tímido cheio de duvidas
Quase envergonhado da inspiração
Expelindo em versos revelações
Um labirinto cheio de curvas

Sentindo os gritos da alma
Nesta agonia que acalma
Em travessias do amor
Acalmando o tempestuoso furor

Atravessando os segredos
De amar sem ter medo
Como um louco meio lúcido
É a imaginação carregando a realidade

Montado no espírito da vida
Ouvindo o culto do coração
Sendo fiador da esperança
Neste versejar que nos balança

Sem limites de espaço
Vivendo batalhas da vida sem tempo, nem cansaço
As vezes louco, outras palhaço
Vivendo nesta clausura dia a dia, passo a passo

(Orides Siqueira)

terça-feira, 14 de junho de 2011




VENCEDOR


A pobreza é pobre
Por exercitar o silencio da subserviência
Um demasiado excesso de paciência
Sem serem respeitados, buscam só a sobrevivência

Silenciosamente como um céu de nuvens brancas
Agindo como se fosse dinheiro falsificado
Precisam de testemunhas para provar a verdade
Sem vóz, mendigam valores da sociedade

Indicam o nome de outros para se apresentar
Em lugares públicos pedem licença para sentar
Sem autoconfiança são miseravelmente rejeitados
A subserviência é um mal, que temos de rejeitar

Isto não conta ponto a seu favor
Em vez de sentir vergonha seja lutador
Engrosse a voz, encha o peito e mostre valor
Não se omita, chegue forte, você pode ser vencedor

Não espere por lei ou decreto
Tenha objetivo, grite, faça o certo
Não é só limpar o suor da testa
Faça acontecer seja o dono da festa

(Orides Siqueira)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

É as vezes a crítica tambem me é favoravel e tenho de aproveitar e publicar, veja ai o que diz o crítico literario JL Moncks.


Moncks finaliza:
O poema "CÉREBRO EM EXECUÇÃO" é dos melhores de tua lavra... Boa sugestionalidade e ótima utilização de figuras de linguagem superficiais. Ainda mais: um estranhamento próprio da boa peça estética. Diferente de toda a tua obra que conheço, que se caracteriza pela linguagem denotativa. Nesta, a predominância é do sentido CONOTATIVO. Síntese de ralas metáforas, mas muitos COMPARATIVOS, no final da obra. Parabéns! Abraços do poetinha JM.

CÉREBRO EM EXECUÇÃO

Quando as paixões são derrotadas pela força
Sentimo-nos privar da luz do dia
Como se em nós jogassem água fria
Uma noite em madrugada pálida

Penso em damas, reis e demônios
Parece-me ser o diabo o dono dos tesouros
Sou um palhaço gritando socorro
Sou isto como pedra rolando do morro

É o inferno na minha mente em serie
Protegendo-me com capacete de papelão
Como um réu confesso, um ladrão
Para min um insulto um choro, a eles diversão

Sombras escuras cérebro em execução
Uma escuridão sobre o palco da idade
Sinto minha alma triste e fantasmagórica
Uma vida mal vivida e retórica

Me sinto com um chapéu de idiota
Estou isolado como um navio sem frota
Sentado e rodeado de tolos
Como uma ovelha cercada de lobos

(Orides Siqueira)

sábado, 11 de junho de 2011




UM LOUCO FELIZ

Calmo, quieto, sou este louco bizarro
Observo os círculos da fumaça do cigarro
Minha imagem no vidro mas não quero ver
Neste viver sem nada saber

Penso um segredo engraçado
Pois sou este homem da vida apartado
Removendo uma velha preocupação
Um solitário no meio da multidão

Embriagado com o ar
Despautérios, balbuciando sem falar
Coisas de um louco pensador
Em seu louco balbuciar

Não sei se esqueci
Só lembro que assustado corri
Entre gemido e com roupa esfarrapada
Grito que sou rico e feliz por não ter nada

Acima do firmamento
Estático como um monumento
Grito e digo ser um forte juramento
E volto a chorar e rir, feliz por um momento

(Orides Siqueira)

sexta-feira, 10 de junho de 2011





RAIO X DO CIÚME


Um uivo alto um ruído
Um grito, um splash, um gemido
Para o nosso coração um veneno
Um sentimento não muito sereno

É um frio que traz calor
Ciúme é um sentimento do amor
É pedra na correnteza
Do amor é a incerteza

Ressentimento pela fúria atraído
Um apego sofrido
Uma doença precoce
É amor do amor, o que se sofre

Mas é quase uma arte
Sentimento que do amor faz parte
Quando de mais, é um desastre
Sabemos que do amor é uma parte

Ciúme é o medo de perder
Aquilo que não temos
Ou que ainda não temos certeza
De ter


(Orides Siqueira)

VERGONHA

Tem coisas que não suporto, não agüento mais
Existem lugares para estacionamento de deficiente
Usados eventualmente por motoristas anormais
Isto e questão de educação, coisa de gente indecente

Percorro extremos, e registro com minha visão
Motoristas em escolas parando na contramão
Isto e contra os conceitos de educação
Mau exemplo aos filhos, que descem com livros na mão

O guarda observa inerte o trombadinha roubar sacola
Outro passa chapado e com uma lata de cola
O político da tribuna grita bem claro que o outro é ladrão
Mas se ele sabe e não prova que faz ali então

Propaganda de cerveja na televisão, se faz mal ao dirigir
E bebida alcoólica é droga porque não proibir
Ladrão na cadeia diz ter sido desrespeitado
Então que diria o honesto que por ele foi roubado

(Orides Siqueira)

quinta-feira, 9 de junho de 2011


MINHA FASCINAÇÃO

Você alem de vaidade e afeição
Tem a beleza do coração
Seu admirável brilho me ilumina
Sua beleza ativa minha contemplação

Fico admirando seus olhos
Fascinante pessoa
Meu alvo, minha finalidade
Quero teu amor tua lealdade

Neste meu mundo de sonhos livres
Onde desempenho todos os meu desejos
Com olhos fechados delicio-me com teus beijos
Me encantas e me acalmas, beleza de alma

Inclino-me a seus reflexos sonhados
No fundo dos meus sonhos dourados
Es minha coroa de louros
Faz calar todos os meu prantos, parar os choros

Sou seu guerreiro espiritual
Que te protege com contundente olhar
Neste suave proteger
Ficando somente a contemplar seu querer

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 8 de junho de 2011




GUERRILHEIRO

A cor depende do colorido do olhar
Os fracos batem asas em vão
Cada um tem um cérebro, uma visão
Guerrilha é uma tempestade em gestação

Talvez sombras a se mexer na escuridão
Mentes insufladas pelo poder da ambição
Palavras frias ditas a esmo
Neste dilacerar do eu por min mesmo

Não existe paz
Para cegos em campos de batalhas
Com o ódio cortando como navalhas
Loucos enclausurados, sem noção do que faz

Todos são produtos, em diferentes proporções
Assassinos que matam sem precisar razões
Obedecendo a mentes perigosas
Frutos de pura malicia odiosa

Matar em nome da paz
Coisa de mentes dilaceradas de incapaz
E o mal embalando um sonho triste
Uma brutalidade anormal que persiste

(Orides Siqueira)

IMPROPÉRIOS DE UM LOUCO

O Papa assobiava na janela
Para o pastor recitar quimera
Inimigos amigos
Ou amigos inimigos

Fumaça no soldado
Do maconheiro ao lado
Neste reflexo na água a brilhar
Vivo neste imerso sem afogar

Um homem se chama Afrodite
Diz ser Deus e quer que acredite
Leio um livro para não ler
Neste enxergar sem ver

Entre os males a me destratar
Prefiro o olzheimer
O parkinson me faz derramar
O olzheimer me faz sair sem pagar

Amigos rindo de mim
Nada para me preocupar
Risos sem fim
Se morrer não vou pagar

(Orides Siqueira)

terça-feira, 7 de junho de 2011


PENSAMOS,CARREGAMOS
E DETESTAMOS

Carregamos na mente
Gratificantes mentiras
Fotos favorecidas
Uma luz contundente

Infinidades de sinais
Ensinamentos banais
Teoremas de matemática
Palavras de fina gramática

Esquecemos de a luz apagar
Contas a pagar
Da qualidade ao votar
E critica vulgar

Alguém que não quis nos amar
De algo que prometemos
Das pessoas que magoamos
De ajudar e perdoar

Queremos ganância
Falar com arrogância
Pensar, andar, comer
Ganhar sem nunca perder

Queremos longe
Infestos detritos
Pedintes e malditos
Despautérios, mortes e cemitérios

Mas não podemos
Sempre ser star
Ganhar sem trabalhar
E ser feliz sem amar

(Orides Siqueira)

domingo, 5 de junho de 2011


RENASCÊNCIA

Você pode fechar-se para o mundo
Viver sonhos desbotados
Mas nunca viverá sem seu passado
Não se pode esfriar o gelado

Quando o amigo vira inimigo fraterno
Desbloqueamos aquele amor eterno
Nos afogamos em um oceano silencioso
E nos tornando mais fraterno e amoroso

Em silêncio sem expressão facial
Com um sorriso idiota nos lábios
Como um amante distante e vago
Um sedento implorando afago

Queremos mais que uma sombra no ar
Estamos vivos e aptos a amar
Na renascença desta força natural
Alimentando a alma com o enamorar

Viramos raio de saudação
Abrimos nosso coração
Queimamos e queremos alguém a queimar
Somente vamos descansar em prazeroso amar

(Orides Siqueira)

CIDADÃO URBANO

Pavimentos que prendem nossos movimentos
Nas praças eternos e milenares monumentos
Como se corrêssemos com martelos na mão
Neste ziguezague no meio da multidão

Dor desesperança, neste nosso dia a dia
Nesta guerra cotidiana que nos arrepia
E que chamamos de sobrevivência
Onde estamos vivos, mas cheios de carências

Ansiamos momentos brilhantes com muita luz
Com a mente livre enfrentando adversidades
São centelhas de luz o sobreviver nas cidades
Fonte vivas e proféticas em todas as idades

Somos livres nesta grande prisão
Há tesouros e mendigos, dependendo da visão
Corre-corre são eternos jogos rápidos para chegar
Não sabemos onde começar

Somos heróis deste boliche entre obstáculos
Mas temos pressa e precisamos chegar
Alcançamos distâncias e vivemos nesta correria
Para sobrevivermos precisamos ter extrema maestria

(Orides Siqueira)

sexta-feira, 3 de junho de 2011


NÃO- ACIDENTE- NÃO

Não houve no Brasil nem um acidente
Quando do impeachment de um presidente
Houve sim do povo uma grande ação
Para tirar um presidente ladrão

Os caras pintadas fizeram a obrigação
Tirar um corrupto da presidência da Nação
A corrupção alimenta o imundo
Por isso tem tanto corrupto e vagabundo

Temos o direito de escolher sozinho
Se queremos a rosa ou o espinho
Fazem discurso dizendo que fez
Claro....... multiplicação por vinte vez

Eles se defendem com tanta facilidade
Sem importar se existe famintos e desigualdade
À anos adoeceu e morreu um presidente
E assumiu o Sarney isto sim foi acidente

Mas nada disso vale é só saudade
Eles se dizem donos da verdade
Se elegem e reelegem
E ainda vem falar bobagem

( Orides Siqueira)

O POSSIVEL QUASE IMPOSSIVEL

Flores que desabrocham
Crianças rindo
É a felicidade na vida e na natureza
Em um desfrutar do bem e da beleza

Problemas solucionados
Com decisões imutáveis
É um exercito sem soldados
Um mundo claro e valorizado

Com pensamentos vivos de gloria
Um mundo de conquistas e vitórias
Onde nada se perde, nada desaparece
Velhos com saúde, família que cresce

A maturidade com perfeição
Vivendo quase uma eternidade
Coisas da ciência e da evolução
Viver com amor e afeição

Sustento ganho com as próprias mãos
Isto não é impossível não
Se achar que não existe
Mire-se no exemplo do Japão

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 1 de junho de 2011


NATUREZA CANSADA

A natureza esta cansada
Em sua bela vastidão muda
Existe uma tristeza escondida, calada
Vimos rios invadir, avalanches, desabadas

Vimos o que da habitar encostas
Quando amanhecemos com morros nas costas
A natureza nos olha com olhos sonolentos
Não enxergamos por sermos a ela desatentos

Já não temos mais flores no jardim nativo
Não vimos á beleza da floração
Sentimos desabamento, trovão
Não ouvimos os riachos da mata o coração

Esquecemos que a mata é um tesouro
Que é a mata que nos leva ao caminho do ouro
Ficamos aturdidos com descasos fatais
Para adornar, simplesmente cassam nossos animais

Poucos conhecem nos desfiladeiros as luzes iniciais
O coaxar de sapos nos mananciais
Nunca viram o contorno das montanhas, só a distancia
Conhecem monocultura o devastar da ganância

(Orides Siqueira)

AMOR COM MANUAL E PROCOM

Se tiveres um manual favor enviar
Quem sabe um controle para eu lidar
Você obedecendo meus comandos
Rodando andando e eu só clicando

Quem sabe um guia
Que tal um 0800 com franquia
Se der algum problema na trajetória
Mando trocar a memória

Se levarem ou roubarem quero procedimento
É propriedade quero de volta tenho documento
Aciono logo o procom e vamos ao entendimento
E tudo vai se resolver num momento

Qualquer desvio de conduta ou trajetória
Com os documentos na mão resolvo a historia
É vai ser muito melhor assim
Tenho os documentos eles fazem você voltar pra min

A outra coisa quero exclusividade
Nada de sociedade
Muito menos terceirização ou franquia
Se vier com este assunto uso a nota e a garantia

Mas aceito outro caminho
Com muito amor e carinho
E com tudo isto na mão
Ai cai o procom e vale a lei do coração

(Orides Siqueira)