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segunda-feira, 31 de março de 2014

SANGRA  A LIBERDADE

Existem
Falsas morais
Condenando
Verdades
 
Dois corpos nus entrelaçados
E pornografia
E querem sanar
Com indenizações
A pedofilia

Roubam
A inocência
E pedem  paciência

E em nome
Desta hipócrita sociedade
A guerra
Tinge bandeiras de sangue
Cortando as veias da liberdade
    

        (Orides Siqueira)
MULHER
FLOR DO ÉDEN

Suculenta
Rainha das flores carnais
Flor de paredes aveludadas
Recanto de prazer a nós animais

Privilegiada flor
És o cume do amor
Despojada
Esta flor desejada

Única do jardim do éden
Beijada pelo beija-flor
És bonança
É amor

Sedutora
Venerada e desejada
Caliente em seu interior
Com pétalas em forma de pele
Que trocam de cor

(Orides Siqueira)
PROFESSOR

Neste mundo distante
Frio, injusto e egoísta
Carente de valores humanos
Onde só se apegam
Ao visível e negociável
Também emergem
Outras formas de ver e fazer
Também nasce rosa em agrestes
Se tivermos escolas e bons mestres

(Orides Siqueira)
ABSURDO DOS ABSURDOS

Tem criança
Que brinca com soldadinho
De chumbo
E tem crianças
Que são soldadinhos
De homens
Com corações de chumbo

(Orides Siqueira)
PELE

A pele
É um cálido universo
Salpicado de estrelas escondidas
Onde as gemas dos dedos
Esculpem palavras desconexas

E a pele acariciada
É a única
Que pode interpretar
Este telegrafo de toques

(Orides Siqueira)
HIPOCRISIA

Cativas 
Em mim a esperança
E impregnas tua essência

Teus lábios
São tradutores
De desejos
Os olhos
Mensageiros
E o sorriso um trailer de caricias
Que excita

Mas....
É hipocrisia
Essa excitação
Nada mais é
Que
Cópia pirata
Da paixão

(Orides Siqueira)
ALEM DO OLHAR

Tem um lugar
Onde nunca fomos
Alem do silencio de um olhar 
Onde existem 
Pequenos pedaços de vida
E dentro de um lírico sentimento
Um beijo espera por um gesto de ternura

Talvez ainda haja tempo
Para andarmos descalço no esquecimento
Embriagar-nos nesse sentimento
E sugarmos o néctar
Do momento

(Orides Siqueira)
VAMOS BRINCAR

O mundo gira
E porque não devemos girar
Rodar sem parar
Retroceder
E lembrar

Que existiu Branca de Neve
E uma casa cheia de anões
Lembrar de brincadeiras
De roda
Rinha de pinhões

Não sabíamos nada de apocalipse
Tínhamos era um sapo que era príncipe
Um gato que usava botas
Pinóquio
Mentia, mas não era idiota
Conhecia a realidade
Deixou-nos
O exemplo de falar a verdade

Ninguém de herói
Era maquiado
Mas existiam
Heróis mascarados

(Orides Siqueira)
NÚPCIAS DO ONTEM
COM O HOJE

O hoje
É o apocalipse do ontem
Um poema de amor
Com silabas caídas

Cheio de irrealidades
Núpcias da água com o ar
Em dia de chuva

Ninguém sabe
O inicio ou o fim
Desta sombra no escuro
Onde um já passou
E o outro apenas iniciou

(Orides Siqueira)

sexta-feira, 21 de março de 2014

  TURNO INTEGRAL

O amor
É um trabalho
Em turno integral
E com muitas horas extras
 
Por isso
Não surpreende-me
As aposentadorias
Antecipadas
  

     (Orides Siqueira)
ENTRE PALAVRAS

Fale 
De um jeito
Que 
Amem te escutar

E escuta
De um jeito
Que
Amem te falar

Procura
Razão
Para falar

Porque
As pessoas
Comem
Palavras
Mas alimentam-se
Com a realidade

(Orides Siqueira)
EXEMPLO DAS ARVORES

As vezes a dor nos ensina
Que é mais importante
Dividir a luz
Que alcançar as estrelas

Por isso
Devemos seguir as arvores
Que sobem a lugar nem um
Simplesmente crescem
E seguem crescendo
E nos ensinam
Que viver
É seguir vivendo

(Orides Siqueira)
SONHOS E SONHOS

Entre 
Sonhos e sonhos
Chego devagar
Para sentir em teus olhos
O sabor dos beijos
Retido entre os lábios
E o tempo que fiquei pensando em ti

Afinal, somos
Um conto emocional
Mais ou menos
Normal

E o silencio é uma luz
Acariciando temporais

(Orides Siqueira)
    COMPRAR-TE

Eu te proponho ser igual a todos
Mentir, insultar e desvalorizar-te
Não dar-te
Sentido
E ignorar-te
Maltratar-te
E suprimir-te
Na alegria ultrajar-te
E na razão sufocar-te
     
Eu te prometo
Carro novo e luxuoso
Almoços em restaurantes famosos
Roupas de famosas boutiques
E cartão sem limites
   
Mas.....
Também
Posso afirmar
Que nem todas as mulheres
São compráveis
E nem todos os homens
São machistas e insuportáveis
 

     (Orides Siqueira)

sexta-feira, 14 de março de 2014

SONHOS DESCALÇOS

Meus pés 
Não marcaram caminhos
E minha essência não se impregnou n”alma
Não és tu
Por que
Talvez eu nunca tenha sido eu

Não existiram sonhos
A serem sonhados
E os que existiam ficaram Lá fora

E então
Desvisto-me
E guardo as roupas no vazio
E esse corpo que vês
Não esta nu
Apenas descalço de sonhos

(Orides Siqueira)

quinta-feira, 13 de março de 2014

  O SILENCIO E O PENSAMENTO

O silencio
É o único que contesta
O pensamento
E ambos são cúmplices
Por calar as palavras
 
E esses cúmplices.......
 
Cicatrizam feridas
Riem das lembranças
Completam-se sem dividir
Amam sem aparentar
Escutam sem atacar
E falam sem nada dizer
  

     (Orides Siqueira)

terça-feira, 11 de março de 2014

SE TU NÃO FOSSES TU

A ti que dormes só
Que brindas com a solidão
E que assassinastes o cupido

Tu que reclamas do vento
Do tédio, da falta de tempo
De homens namorando homens
Do Lesbianismo
Dos hábitos
Do modernismo
Da falta de sexo
E murmuras coisas sem nexo

Tu que sempre
Poe as culpas no mundo
Se tu não fosses tu
Enamorar-te-ias de ti

(Orides Siqueira)
AMOR COM MAIÚSCULAS 

O amor com MAIÚSCULAS
Não sabe nada de sexo
Nem peso
E desconhece idades
E não traz deveres em anexo

O amor com MAIÚSCULAS
Faz-nos livres
Não conhece amarras
Só sabe amar
E faz-nos voar

Um amor com MAIÚSCULAS
Compromete-se
Mas nunca se submete

O amor com MAIÚSCULAS
É feliz
E faz feliz

(Orides Siqueira)
ANDA IGUAL

Se tiver que chorar
Chore
Em
Em uma gota
De lagrima
Cabe um oceano
De sentimentos

Quando
Até o cadarço do sapato
Tentar te derrubar
Anda nu
Anda descalço
Mas não para de andar

(Orides Siqueira)
DIVAGANDO

Quando 
Olhamos sem ver
E ouvimos sem entender
Devemos calar
E esperar
Que o silencio
Faça a mudança

E o tempo transforme
Ausências em claridade
Dores em perfumes
E ar em caricias

(Orides Siqueira)
DESCULPEM-ME

Desculpe
Por ser humano
Sem ser humanóide
Peço desculpa por não ser machista
E por ser macho e odiar racista

Peço desculpa por não ver realitys
E ser realista
Desculpem-me
Por respeitar as diferenças
Sem ser diferente

Peço desculpas por não colocar
Código de barra na minha personalidade
E desculpem-me se firo os sensíveis
Com minha sensibilidade

(Orides Siqueira)
O AMOR E O ÓDIO

Transformam-nos em pendulo
Sem lugar fixo
Vivendo entre pólos

Caminha
Sobre o fio dos extremos
E acaba nos iluminando
Ou cegando

E como um flesh

Em questão de segundos
Vamos da luz
A escuridão

(Orides Siqueira)
UM POEMA

Em tuas mãos
Esta escrito um poema
Que derramas pelos dedos
Quando acaricias minha pele

É um poema que conta
As marcas de nossos encontros
Cada vez que nos vemos
Que fala de paixão e prazer

Este poema se esconde
Onde os pássaros
Fazem ninho
Entre cantos de grilos e cigarras
E revoar de passarinhos

E rompe os silêncios
Entre cantigas de amor
Este poema fala de ti e de mim
E não paro de lê-lo
Nem termino de escrevê-lo

(Orides Siqueira)
IMERSOS NO UNIVERSO

Temos medo
De não conseguir
Envelhecer, engordar
Medo de não rir
E não saber ir
Nem voltar

Sentimos que a alegria não chega
O sorriso não se estampa
E ficamos
Imerso no universo

E ai necessitamos baixar a guarda
Não para nos adaptar ao mundo
Mas sim
Para adaptar-nos a nós mesmos

E temos que refletir
E esperar
Acalmarem-se os gritos
Para ouvir os silêncios

(Orides Siqueira)

quarta-feira, 5 de março de 2014

   VERSOS LOUCOS

Eu
Não
Tenho idéias
Tenho palavras
Sufocas pelo silencio
 
E quando
As palavras
Param
O silencio transborda
E do cume
Das emoções
Os versos se atiram
  
     (Orides Siqueira)




domingo, 2 de março de 2014

PAGUE-ME

Você
DEVE-ME
Os sonhos
Com você
Que censurei ao sonhar

E exijo que pague

Com
Aquilo
Que em meus
Sonhos
Imaginei
Com você realizar

(Orides Siqueira)