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quarta-feira, 23 de junho de 2010



PESCANDO ILUSÕES

Um fio da meada me aparece
Parece ser algo vivo
Muito fácil de olhar
Inatingível para pegar
Pego águas com palmas abertas
Tento quero puxar
Meu intento nadar até alcançar
Minha memória começa a vagar
Ao longe vejo barcos a navegar
Com películas luminosas
Cinto meus olhos a marear
Em meu sangue tem peixes a nadar
Sou um pescador em que a vara é os braços
Ao fundo vejo fungos como laços
De repente o mundo muda de cor
Com as luzes de meu gelado suor
Frutos de uma memória confusa
Sinto um pelicano pousar no braço
E corro os olhos como traços
Coisas que se confundem
E no meu poetar se fundem
(Orides Siqueira)

Um comentário:

Anônimo disse...

Primo, este também tá lindo. Postei o anterior lá no meu blog. Bjo.