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quinta-feira, 24 de junho de 2010



FERREIRO

Com o corpo suado cheio de brilho
Cores que com bigorna se forja
Em um arco íris de fogo
Com a sonoridade de um martelo
Em um velho cantar do ferreiro
Não tem aço que não se dobre
Num avermelhado do cobre
Reto como a linha dos ombros
Entre causos de assombros
Seque usando o forte braço
Usando a mente, sem traço
Ao entortar da marreta dura
Forja perfeitas ferraduras
Neste viver sem nada n”alma
Este rancoroso sem calma
Transformando ferro em brasa
No rosto mais marcas
Que na porta da sua casa
Sem nada nem protetor
Do ferro em brasa ele é o senhor
Para animais faz marcador
Mexe seu fogo com um tição
Ferreiro uma raça em extinção
(Orides Siqueira )

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