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quinta-feira, 24 de junho de 2010



PAMPA

Lembro do verde onde caminhava
Dos animais que pastavam
Das arvores inquietas a balançar
Um piscar de pirilampos
Em noite turva e calma
Escuridão que se movimenta
Entre xilcas amassadas
Pelo correr de cachorros
Num pega com animais selvagens
Em espera de um clarear de dia
A melhor hora é do renascer
Da aurora o resplandecer
Um chegar de esperanças inextinguidas
No espelho da água do açude
Ou talvez um eco distante
Este verde que as vezes é coroa ou manto
Ao fundo um cardeal em canto
Que quebra minha memória
Como tudo que vem da água
Este estimável combustível do universo
Que anda gira e faz reverso
Se revela em uma foto de frente
Onde uma bonita paisagem ofusca a gente
( Orides Siqueira )

Um comentário:

BUSSOLA LITERÁRIA disse...

Para muitos não devemos nos preocupar com o que passou. O futuro está por vir e o presente é a centelha de luz que fará refletir todas as glórias ou derrotas do amanhã, funcionando como uma sentinela viva de que estamos sempre avançando em direção do desconhecido. Por outro lado, existem pessoas como vc que dão valor e se emocionam com as belas recordações vividas. A vc que é um sonhador sem ignorar o passado; que tem exemplos pra contar e a seguir, conseguiu deixar marcas inequívocas da sua presença, cravando com nobreza o estandarte de vitória.