Total de visualizações de página

domingo, 21 de abril de 2013


     A MORTE DA ROSA

Uma pétala
Vagueia  solitária pelo jardim
Como uma corda frouxa
Entre cordas esticadas
Neste fortuito prodígio que brilha
E depois se atrapalha
Com se fora um nó de luz
Como incubar a sede
Em uma fonte de água
 
Este fio invisível
É como
Uma indolente e misera larva
Um beijo sinistro
Em lábios insossos
Vagando como papel celofane
E transformando a rosa
Em figura amarga e letárgica
    
         (Orides Siqueira)

Nenhum comentário: