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domingo, 3 de fevereiro de 2013

  PULGAS DE MATIZES

Quando criança
Sempre somos náufragos
De alguma coisa
 
Nas ruas sofremos
Com a fome
Frio
Policiais
Drogados e marginais
 
Na adolescência
Temos problemas circunstanciais
E existenciais
 
Quando adultos
Temos de ter bandeira e lado
Absurdo e deixar que o passado nos mova
Morre o fracassado
Que espera  a vida passar sentado
Com chibatadas da esperança
Morrem e são castigados
 
Morrem por serem covardes
E esperarem a ressurreição para transar com virgens
Morrem  porque não vivem e  são pulgas em mil matizes
 
        (Orides Siqueira)

Um comentário:

Nádia Santos disse...

O Poeta está inspirado! O mundo está sempre em movimento e exige de nós atitude, quem fica parado termina sendo atropelado... pela própria vida. Um abraço Poeta!