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quarta-feira, 8 de junho de 2011


IMPROPÉRIOS DE UM LOUCO

O Papa assobiava na janela
Para o pastor recitar quimera
Inimigos amigos
Ou amigos inimigos

Fumaça no soldado
Do maconheiro ao lado
Neste reflexo na água a brilhar
Vivo neste imerso sem afogar

Um homem se chama Afrodite
Diz ser Deus e quer que acredite
Leio um livro para não ler
Neste enxergar sem ver

Entre os males a me destratar
Prefiro o olzheimer
O parkinson me faz derramar
O olzheimer me faz sair sem pagar

Amigos rindo de mim
Nada para me preocupar
Risos sem fim
Se morrer não vou pagar

(Orides Siqueira)

2 comentários:

Chiquinha Menduina disse...

Linda poesia poeta perfeito estilo dos intelectuais, parabens, beijos

Menduiña

Jota Brasil disse...

legal!
Me fez pensar na loucura...na parte bela da insanidade, mais especificamente...