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terça-feira, 28 de junho de 2011


FRACASSADO

Não me pergunte quem sou
Não posso dizer nada
Sou um segredo da verdade
Um solavanco da realidade

Do amor eu sou uma fraude
Uma voz consumida
No peito uma falta de energia
Um porto onde não chega a alegria

Sou a pedra do tropeço do bêbado
Um deserto em mim, sede sem fim
Um sonho em mil sonhos do passado
Delírios de um louco desorientado

Sem vergonha, sem medo e sem direitos
Sou uma alma presa, um poço de defeitos
Sem espaços nem ideais
A mim sobram insultos e coisas nada formais

Tenho preguiça sou como um cão sarnento
Vitima de opressão cruel, recheada de sofrimento
Não tenho doce, muito menos sabor de mel
Sobraram angustias e gosto de fel

(Orides Siqueira)

Um comentário:

Chiquinha Menduina disse...

Querido amigo Orides, sua poesia é linda como o canto aos meus ouvidos , linda parabens...

beijos Menduiña