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domingo, 18 de julho de 2010


DESPEDIDA

No meu instinto peço luz
Rogo amor as flores
Suplico seus mais fortes odores
Porque no jardim esta morto o perfume
Quero a mais sublime luz de vaga-lume
Existe um aroma secreto a desprender
De flores em seu curto viver
Não jogo confete nem lança perfume
Das damas e arlequim tenho ciúme
De um jatobá eu quero o cume
Do jasmim vem um repugnante perfume
Quero vermelho ou amarelo ardente
Ou quem sabe branco como um dente
Deitado coberto com um vidro reluzente
Isto quando mais nada tiver a dizer
Nem das flores tiver querer
Velhas distribuindo chá de cidrão
Vagos amigos em volta do caixão
Contando casos da infância
E dizendo foi um irmão
( Orides Siqueira )

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