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sábado, 22 de maio de 2010











EU E O DAGOBERTO

Lembro tempos atrás meio medieval
Nascemos na vila, num lugarejo chamado Seival
Lembro que neste paraíso vivemos nossa adolescência
Lugar pequeno mais de uma grande essência
Nossa vó Cassilda avô Alfredo batata
Pessoa honesta trabalhadora e sensata
Seival hoje de tudo esta desfocado
Casarões pelo tempo estragado
Não sei porque o tempo tratou tão mal
Nossa minha querida Seival
Pessoas barbudas no sol, sentadas no chão
Gente que lembra ermitão
Aqui já teve lei, lembra do Marquinho e o Brião
Na venda do seu Felix comprava-mos chicle
Andávamos quilômetros até a casa dos avós a pé
Eu e o Dagoberto já com as pernas bambas
Tínhamos latas vazias de sardinhas que eram caçambas
Latas velhas de leite ninho
Que se transformavam em rolinho
Quantas saudades destes brinquedos e da vila
Tínhamos até telefone com pedaços de cartão
Ligados por um grande fio na verdade um cordão
Falávamos com palavreado fino, solicitando ligação
Fico com os olhos a marear
Para a saudade não matar melhor parar
( Orides Siqueira )

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