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sexta-feira, 9 de abril de 2010


DESTRUIÇÃO

Vejo avalanches
Tremores e terremotos
Num castigo imponente
Gente inocente
Lutando pela vida
Soterrados e sufocados
Sem poder andar
Alguns moribundos
Agradecem por se salvar
Perderam tudo
Humildemente ficam a andar
Pessoas puras
Que nunca tiveram maldade na mente
Lutam uma vida toda
Para em segundos virarem indigente
Porque este castigo perguntam
Sem entender nada
Sentam olhando a estrada
Pensando no que vem pela frente
Se foram filhos e parentes
Só restou sua vida
Será que valeu a pena tanta oração
Promessas e novena
Se foram crianças pequenas
Que mal eles fizeram
Sequer crescer puderam
Trabalhadores desesperados
Como vão seguir a vida
De onde conseguir comida
Como é injusto este mundo
Tanta destruição em um segundo
Mais tem que continuar
São forte esta gente
Recebem força de algum lugar
Velhos querendo recomeçar
Mulheres predestinadas
Sequem pela estrada
Querendo um lugar pra morar
E os países ricos só sabem lamentar
Esta gente imponente
Quase sempre descrente
Preferem não falar, ignorar
(Orides Siqueira)

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