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terça-feira, 8 de maio de 2012

      SÁBIO ESQUECIDO

                 (VELHO)

Um velho desconhecido

Um século  de sorrisos e rugas

Cadê seus filhos suas prostitutas oxigenadas

Como uma borboleta voa embriagado sem teto sem nada


Um velho  lobo a procura de abrigo na escuridão

Em desagradável bosque de espinhos

Caminhando em sincronismo com a solidão

Como um gato selvagem, assustando-se da própria imagem

 

Um grande absurdo da metafísica

Com a prudência e a sabedoria de um filosofo

Na languidez de um sábio místico

Misto de graça e anjo em rejeição celeste

 

Parece convida-lo  a um piquenique na lua

Virou ultrapassado e surreal

Das feridas restou as cicratizes

Restando-lhe apenas viver como cão sem matizes

 

         (Orides Siqueira)

2 comentários:

JOSILDA disse...

Linda poesia,a velhice tarda mas não falha,acho que e ate um privilegio.sou feliz com a chegada da velhice kakakkkkkkkkkke voce?

Orides Siqueira disse...

"JOSILDA" sabe que eu falo de cadeira porque ja estou lá, mas tu sabe que é mais ou menos assim os velhos ficam meios apartados nesta ditadura da juventude somos sabedores que os jovens são bastante imprudentes e tratam mal seu velhos, mas é a dura realidade beijo e volte sempre !!!