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domingo, 23 de novembro de 2014

TRANSITORIEDADE

Somos só existência
Sem tempo nem referencia
Num universo infinito
Tendo a terra como referencia
Apenas somos presença
Insignificante
Efêmera e transitória
Num cosmo sem memória
 
Somos uma criança
Em um labirinto
Entre
O IncompreensíveL
E o mistério
As vezes insano
Vivendo
Entre o pratico e o profano
         

              (Orides Siqueira)


Dizem
Que o amor
É cego
Mas prefiro
Fazer
Com a luz ligada
 

    (Orides Siqueira) 
O AMOR

O amor
É um holocausto de neurônios
Um genocídio de propósitos
Em uma imolação de planos prévios
Difundido pela tranqüilidade

É paz serena
Num furação de desejos
Com um enfoque intransferível
Incontível  e insaciável
Em uma acariciável explosão
Que tem nome
Paixão
  

           (Orides Siqueira)
   RE-LEMBRANÇAS

O pensamento
Navega
Saltando etapas de repente
Provocando desordem na mente
Virando um compacto  da historia
Que se ativa com um clic na memória
 
Do presente faz o passado
E do passado o presente
Incessante e sem descanso
Como se a vida
Houvesse deixado um remanso
 
É uma manifestação da alma
Que reclama
E pede calma, compaixão
Com tanto sonho caído pelo chão
Dói no coração
Os por quês
E os não
Sem razão
  

          (Orides Siqueira)
APAIXONADOS

Os apaixonados
Procuram o que procurar
E esperam
Pode ser o nada
Mas esperam
São loucos em seu delirar
 
Brincam de costurar água
Tatuar fumaça
Não se resignam
Andam nus contra o vento
E dizem...
Que tudo é questão de tempo
 
Riem só
E cantam canções inexistentes
Estão sempre sonhando
E são persistentes
   

              (Orides Siqueira)

sábado, 22 de novembro de 2014

MASCARA REAL

Cada dia
Procuramos
Um sorriso de disfarce
Mas o espelho mostra
Em tempo real
Sem efeitos
E com todos os defeitos
As marcas

Quando o pó do tempo sai
A mascara cai
 

      (Orides Siqueira)
  JÁ FOMOS NÓS

Tudo
Deixou de ser fogueira
Para ser deserto

E mesmo...
Num voar e voar
Ficou o sorriso 
O calor das mãos
Como algo que quisemos
E não pode ser
 
Mas....
Lembraremos
Que
Eu sou
E tu és
E juntos já fomos nós
 

        (Orides Siqueira)
MULHERES

Um homem
Procura uma mulher
Para deitar
Um cavalheiro
Procura uma mulher
Para amar
 

      (Orides Siqueira)


ONTEM

Ontem
Apalpei tuas curvas
Fechei teus olhos com meus dedos
Beijar-te foi
Um gemido
Um poema
Depois de amarmos
Sentamos a bordo do silêncio
E dormiste no meu peito
Sem tempo
 
Isso foi ontem
Quando ainda sonhava
Com a utopia das tuas palavras
Hoje isso é um opaco cristal
Difícil de visualizar
E sabes
A mim já é indiferente
Foram-se os sonhos
Rasgastes os papeis onde escrevíamos
Cada amanhecer
E não sinto mais vontade de te ver
  

            (Orides Siqueira)
  PRAZERES A METRO

Assim
Ganhamos a igualdade sexual
Com brigas de alcova
Sem vencidos ou vencedores

Homens e mulheres
Anônimos
Lutam e suam
Para anular as diferenças

Guerra
Como todas as outras
E a paz só chega
Quando os distintos
Amados
Oferecem
Suas diferenças
Para o prazer ser consumado
  

          (Orides Siqueira)
TATUAGENS DO AMOR

As paixões
São tatuagens do amor
Nas entranhas da vida
Fazendo eco em gemidos
 
É costurar na alma
Palavras intensas
Com agulhas de sorrisos
E absorver o ar dos sonhos
Desenhando telas do querer
Com misturas das cores
Do te amo
Com o te quero
  

        (Orides Siqueira)
MONUMENTO AO NADA
Sou eu
Com a voz fragmentada
E fugindo
Sou eu
Quem contempla
Esse nada indecifrável
Encostado na esquina
Aguardando
Uma tristeza a mais
Como estatua
Oferecendo sua estéril sombra
A desaparecidos
(Orides Siqueira)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aborto não “POR FAVOR”
Todos que são a favor do aborto tem um motivo obvio

Já nasceram
                          (Orides Siqueira)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

     RECICLAR-SE

Temos
De pulir coisas opacas
Excluir arquivos infectados
Limpar o cérebro de coisas baratas
Sentir o sexo alem do toque
Colocar na vida um novo enfoque
 
Ver alem
Do que os outros vêem
Olhar fixo
Sem elegância
Mandar a merda  a arrogância
Enquadrar nas entrelinhas
Aquelas linhas curvas
Dar forma
Ao que se deforma

 
Dar tempo
E dar-nos tempo
Morrer na noite
E ressuscitar no dia
Afogar-se com o ar
Desopilar
Errar
Repetir
E sonhar
 

     (Orides Siqueira)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

NORDESTINOS

Não conhecem abraços
Só silêncios e olhares esquivos
Por serem Nordestinos até nos traços

Quando vendedores
Batem de porta em porta
Recebem
Não temos
Não interessa
Não nos importune
Não queremos nada
Pessoas em seu País
Exiladas
Destratadas
Por pessoas contaminadas
 
Corajosos e fortes
Lamentam ter deixado o norte
  

          (Orides Siqueira)