
ERMITÕES URBANOS
Desafiamos os sentidos
Com palavras atos e gestos
Esgotamos sinais de vida a cada passo
Fazendo o coração entrar em descompasso
Talvez uma palavra um gesto um aroma
Tirar-nos-ia desta eterna cerebral coma
Sonhos ou traços inimagináveis
Poderia transformar-nos em seres malháveis
Às vezes somos seres indecifráveis
Mesmo sabendo que as fontes são inesgotáveis
Não temos sanidade suficiente para puxar o gatilho da idéia
Por isso vivemos como lobos em alcatéias
Na eterna caçada do próprio sobreviver
Ganhamos vida crescemos nos agigantamos
Enfim somos ser
Mas confinamo-nos em nosso querer por querer
E voltamos a não ser nem saber
(Orides Siqueira)
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