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segunda-feira, 29 de abril de 2013



   A ALMA CHOROU

Silencio
Que a alma chora
Perdida no amanhecer

Hoje á vi despenteada
Que alucinadamente chorava
Porque em seu leito conjugal
A noite cobriu de espinhos 
Aquela rosa branca
Que sem o orvalho se suicido
E virou matéria orgânica
Em adubo se transformou
 
É a alma chorando
Recolheu-se
Entre os sonhos e os anseios
E neste reino de sonhos onde habita o amor
Suas lagrimas viraram a mais bela flor
Uma rosa vermelha a transbordar sua cor
  
          (Orides Siqueira)

terça-feira, 23 de abril de 2013

SUSSURRANDO CARICIAS

As vezes vejo o rosto do silencio
Nesta saudade
Desenhada por lembranças
Vestida por multicores
Para esquecer as crises da sombra
 
Quero construir em teu corpo
Cem paraddas em uma moradia
Para beijar a penumbra
Com lábios de esperança
E suspirar caricias
 
Meu silencio caminha a escuras
No teu corpo iluminado
Deixando a marca do rastro
Ao cair da noite beijando o travesseiro
 
Vozes misturadas com beijos
Com caricias em silencio
Reinventando prazeres
Com sussurros
Que falam de nós
  
     (Orides Siqueira)

domingo, 21 de abril de 2013


     A MORTE DA ROSA

Uma pétala
Vagueia  solitária pelo jardim
Como uma corda frouxa
Entre cordas esticadas
Neste fortuito prodígio que brilha
E depois se atrapalha
Com se fora um nó de luz
Como incubar a sede
Em uma fonte de água
 
Este fio invisível
É como
Uma indolente e misera larva
Um beijo sinistro
Em lábios insossos
Vagando como papel celofane
E transformando a rosa
Em figura amarga e letárgica
    
         (Orides Siqueira)

sábado, 20 de abril de 2013

MEDIUM
MEDICO D”ALMA

O chamamento
De espíritos de luz
Para a porta do coração
Neste ritual de luz e pés no chão
 
Pedir conselhos
E oferecer sua voz
Para que chegue a sabedoria
Neste templo de ritual e danças
Para que restituam nossas células
E espantem os males com suas lanças
 
Com as forças universais
Que venham suas mensagens nos ditar
Entre danças estáticas
Mudando vozes e expressões
Entre vidências e incorporações
 
E espíritos ajudando
Com voz, passes e benzeduras
Nesta mescla de fé e medicina

   
       (Orides Siqueira)
 
(Obs. Este texto nada mais é que a opinião poética
            de um leigo no assunto)

terça-feira, 16 de abril de 2013


 PESEUDOS ELITISTAS   

Eu repudio
A poesia concebida como um luxo
neutro cultural
Empacotada com laços elitisados
Sem apelo popular
 
Feita por falsos e demagogos
Escritores elitistas
Concebida a sombra do dicionário
Com parco vocabulario
 
O poeta é um raio em expansão
Uma icognita
Nunca um retrogta
Que escreve com dicionario na mão
 
Estão pensando só na metrica
Esqueceram a fonetica
Chamam poesia popular
De prosa
Querem o que.......dismistificar a rosa
   
            (Orides Siqueira)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

VAMPIROS EMOCIONAIS

Vampiro emocional
É aquele que rouba emoções
É quem manipula,usa, utiliza e abusa
 
Incapaz de gerar energia positiva
Para suprir esta deficiência
Age na persuasão
Sem decência
 
Sem inteligência
Tenta ser superior criativa
Mas a todos repugna
E a ninguém cativa
 
São agradáveis desagradáveis
Simpáticos insuportáveis
E a convivência com esses psicóticos
Deixa-nos estressados e neuróticos
  
     (Orides Siqueira)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A KILOMETROS DO IMPOSSÍVEL
BEM PERTO DO NADA

Abaixo do nada
E sobre a luz de todos
Mesmo que ninguém nos olhe
Nos sentimos observados

Impossível não ver
Impossível não sentir
Impossível não tocar
Impossível não viver
 
A kilometros de distancia
A metros do prazer
A centímetros de teu rosto
A milímetros de teu ser
 
Quero tudo
Mas não quero nada
Odeio o que tenho
Mas me encanto com o que possuo
 
A culpa sempre esta só
Porque ninguém a quer
 
Razão
Isso eu não sei quem terá
O coração não devia importar-se
Com quem foi
E sim com quem virá
 
    (Orides Siqueira)

sexta-feira, 5 de abril de 2013


Obrigado vida

Quero agradecer o que me fez crescer
E também aquilo
Que vez por outra me tirastes
O bom o mau e o que não teve sentido
Pelos risos e lagrimas
Que deixaram marcas n”alma
Pelas pessoas que saíram e entraram
As brigas sem motivos
As horas  junto da pessoa amada

Pela inveja de quem me odiava
E me fez mais forte
Pelas caídas e levantadas
Entendi que és fácil
Entre caminhos difíceis
Pelas  alegrias e tristezas
Por ver o lindo mesmo sem ter beleza
Pelas amizades
Os amores
E as verdades
Obrigado vida por emoções vividas
   
        (Orides Siqueira)

O HOMEM E O BESTA

Um homem afro-descendente
Entra num bar
E o proprietário diz
Desculpa
Aqui não é permitido pessoas de cor
O preto diz
E u nasci preto, vou viver preto
E vou morrer preto
 
Você nasceu rosa
Quando sente vergonha
Fica vermelho
Com frio você fica azul
E quando morrer vai ficar roxo
E com tudo isso o homem de cor sou eu
  
        (Orides Siqueira)

quarta-feira, 3 de abril de 2013


           PÃO E CIRCO

Não quero e me nego a ser assim
Mas sei
Que pensar diferente
Não é garantia de originalidade

E sem força nem vontade
De enfrentar o labirinto dos padrões
Refugio-me na ignorância dos ignorantes
Que deixam tudo como era antes

Entre a política e tormentos
Mudam de lado como mudam os ventos
E vivem entre bolsa alimentação e lamentos
É a vida dando e tirando
Porque assim é e assim será
 
Entre palavras
Para decifrar o indecifrável
Os políticos vão dando
Pão e circo
A eleitores miseráveis
  
      (Orides Siqueira)

terça-feira, 2 de abril de 2013


       A PASSISTA

Bela e insinuante
Dona de curvas cativantes
Expert na arte de fazer amor
Linda como laranja de  amostra
Do tipo que queremos e o diabo gosta
 
Batia palma com seu glúten gelatinoso
Todos nós guri da época babávamos a olhar
Me achando o melhorzinho da turma
Disfarcei o prego no meu chinelo de dedo rebentado
No bolso meia dúzia de trocado
Camisa volta ao mundo e um pulover  furado
 
E fui chegando devagar
Mendigava um oi ou um olhar para meu  lado
Até que ouvi
Guri  vai ali me compra um suco que te dou uns trocado
Acabou meu romantismo e todo o planejado
E vi meu sonho ali acabar
Falei um monte de palavrão e completei com um vai te catar
   
             (Orides Siqueira)