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domingo, 21 de outubro de 2012

SEXO CONSUMISMO E ETC.

Corpos parecem mercadorias
Com a  hiper-conexão do vazio
Do  que  parece e parece
E insufla desejos automáticos
Acabamos sendo atropelados pelo efêmero
E  o imediato
 
Queima o fogo do esperma
E tudo é na base  da visão
Sem nem um compromisso com o coração
 
É uma visão com picadas de surrealismo
Com endereços e sexo consumista
Desrespeitando regras do moralismo
Em relacionamentos  só exibicionistas
Com bases imorais
 
E aí voltamos as cavernas
Em vivencias  irracionais
 
       (Orides Siqueira)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

 ARTE DO EDUCAR


Educar não é botar um motor a funcionar
Tem que medir e ser medido
Pesar para poder não ser pesado
Ser mestre é ser  sem ser

Tem que ter alma
Misturado com um kilo e meio de devoção
Paciência, batida com concentração
Ser mestre e sábio sem perder a ternura
Um ser pobre preparando para a luxuria
 
É consolar sonhar
Em um nobre trabalhar
E não ver o governo valorizar
 
Ver o aluno como um barco a navegar
Carregado de palavras
Até portos distantes
E saber que o aluno hoje já não é como era antes
 
E saber que um dia
Mesmo cheio de sabedoria
Poderá  sua bandeira enrolar
Para que os outros mestres possam levar
Aos quatro cantos a arte de ensinar
    
           (Orides Siqueira)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um forte abraço a alguns amigos que nesta eleição estivemos de lados opostos eramos adversarios nunca inimigos.


Ódio é o grande inimigo

A vida tem outra cara,
Depois que baixa a poeira...
E logo, a ferida sara...
A mão, quando traz a vara,
É que o peito é um açude
Irada a mente se ilude,
E faz a sua vontade...
Só existe uma verdade;
A sua, e não há quem mude.

O ódio, as virtudes anula,
Pois ele nos deixa cego...
E transforma o nosso ego
Na mais brava das mulas...
E o sangue, nas veias pula
Como quem quer ir embora...
E é sempre nessa hora,
Que a cabeça não pensa...
E as dores virão imensas
Mas nada de ódio nem descrenças
    (Orides Siqueira)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

 
A ALQUIMIA DAS PALAVRAS

Palavras nos tornam alquimistas
Esculpimos e damos formas
Seja oval ou triangular
Ou  como  flechas que lançamos no ar
 
Com um grupo de palavras
Criamos asas
Elas nos transportam
Sobrepõem-se e se contestam
Sinônimos, antônimos e paradoxos
São sinergias de formas
 
Abrem corações, ou são sarcofilos
Palavras formam mundos
E são pontos
Moldados e argilosos
Ou traços despretensiosos
 
Como gelatinosos nós as moldamos
Ou pretensiosamente as criamos
As vezes crescem e caminham
Para outras ficamos sem nada a dizer
Apenas emudecemos sem saber o que fazer
Não tem fundo, brincam e jogam
E quase nos afogam
Ou nos fazem rir
  
           (Orides Siqueira)